Correio Braziliense
postado em 07/05/2020 04:06
A disputa entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o líder opositor Benny Gantz parece estar com os dias contados. A Suprema Corte de Justiça de Israel anulou uma petição que impediria o premiê a formar um governo de coalizão de emergência nacional, além de outras solicitações para coibir um acordo entre os dois políticos. Apesar de suspeitas sobre as acusações de suborno contra Netanyahu, os 11 juízes decidiram, de forma unânime, pela não intervenção. “Nós não encontramos nenhum problema legal para prevenir Netanyahu de formar um governo. A conclusão legal a qual chegamos não diminui a gravidade das acusações pendentes contra Netanyahu por violações da integridade moral e da dificuldade derivada da posse de um primeiro-ministro acusado de atividade criminosa”, afirmou a Corte, citada pelo jornal Yediot Ahronoth.
Com a decisão, Netanyahu e Gantz acordaram jurar o novo governo na próxima quinta-feira (13), caso o mesmo seja aprovado pela Knesset (Parlamento). Netanyahu nega as acusações e alega ser vítima de uma “caça às bruxas” perpetrada pela mídia. O acordo para a formação do governo surpreendeu alguns políticos e foi criticado pelas ONGs israelenses que o levaram à Suprema Corte, considerando que Netanyahu não pode dirigir o próximo governo devido a seus problemas com a Justiça. Segundo o pacto, o premiê será mantido no posto por 18 meses e substituído por Gantz por um período equivalente. Também inclui apresentar um programa para preparar a anexação de partes da Cisjordânia, ocupada por Israel.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.