Correio Braziliense
postado em 08/05/2020 04:05
A escolha do nome
» Gideão (“destruidor” e “guerreiro poderoso”, em hebraico) foi o nome escolhido pelas forças do regime de Maduro para colocar fim a um grupo de militares rebeldes comandado pelo policial Óscar Pérez.
Tentativa de invasão
» Na noite de domingo, três grupos de “mercenários” — cada um com 20 pessoas — participariam da operação. Parte deles utilizou ao menos uma canoa para desembarcar em Chuao, um povoado
costeiro de Chuao, no estado de Aragua
(norte da Venezuela).
Confronto e prisões
» Durante a incursão marítima, forças de segurança da Venezuela frustraram a invasão e mataram oito pessoas. Pelo menos 11 militares venezuelanos e dois cidadãos norte-americanos foram capturados.
Objetivo
» Entrar em Caracas e capturar o presidente Nicolás Maduro, além dos principais dirigentes chavistas. Maduro seria transferido até Maiquetía, onde fica o principal aeroporto do país, e levado até os Estados Unidos. O plano foi revelado por Luke Denman, ex-militar das forças especiais norte-americanas.
Conexão com EUA
» A operação teria sido coordenada por Jordan Goudreau, um ex-boina verde que dirige a empresa de segurança Silvercorp, baseada em Melbourne, na Flórida. O regime de Maduro culpa diretamente o governo de Donald Trump pelo complô.
“Mercenários” americanos
» Maduro acusa os americanos Luke Denman, 34 anos, e Airan Berry, 41, de participação no complô, apresentou os passaportes de ambos e disse que eles serão julgados pela Justiça venezuelana. Sargento de comunicações das forças especiais dos EUA entre 2006 e 2011, Denman serviu no Iraque entre março e setembro de 2010 e recebeu uma medalha como paraquedista. Por sua vez, Berry foi sargento de engenharia das forças especiais dos EUA entre 1996 e 2013, e esteve no Iraqueem três ocasiões. Também recebeu várias medalhas.
Conexão Guaidó
» O Ministério Público da Venezuela apresentou fotos de um contrato supostamente assinado pelo presidente autodeclarado do país, Juan Guaidó, e por Goudreau. Segundo Caracas, Guaidó teria pago aos “mercenários” US$ 212 milhões (ou R$ 1,17 bilhão) com dinheiro “roubado da estatal petroleira venezuelana PDVSA” e das contas do governo bloqueadas pela comunidade internacional.
Conexão Colômbia
» Denman contou em interrogatório que seu trabalho envolvia o planejamento da missão e o treinamento dos mercenários em campos na Colômbia. O objetivo dele seria controlar o Aeroporto Internacional de Maiquetía para o rapto de Maduro. O presidente venezuelano acusou o colega colombiano, Iván Duque, sem fornecer mais informações.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.