Mundo

Festas para contrair a covid-19

Correio Braziliense
postado em 08/05/2020 04:05
Protegidos por uma barreira móvel que reduz a visibilidade, funcionários de hospital do Brooklyn, em Nova York, removem corpo de paciente

 

As autoridades do estado norte-americano de Washington alertaram, ontem, sobre supostas “festas da covid-19”. Durante os encontros, os participantes intencionalmente contraem o vírus para se tornaem imunes. “Reunir-se em grupos no meio dessa pandemia pode ser incrivelmente perigoso e coloca as pessoas em risco aumentado de hospitalização e até morte”, disse John Wiesman, secretário de saúde do estado. “Ainda não se sabe se as pessoas que se recuperam da covid-19 permanecem imunes a longo prazo. Ainda não sabemos muito sobre esse vírus, incluindo quaisquer problemas de saúde a longo prazo que a infecção possa deixar para trás.”

 

Os comentários de Wiesman vieram depois que autoridades do condado de Walla Walla, 420km a sudeste de Seattle, relataram que alguns dos quase 100 casos na região parecem ter sido infectados nestas festas, que visa reunir pessoas com o vírus e outras não infectadas que desejem ser contaminadas para ficar doente logo. “Esse tipo de comportamento desnecessário pode criar um aumento evitável nos casos e diminuir ainda mais a capacidade do nosso estado de reabrir gradualmente”, disse Wiesman.

 

Na última quarta-feira, 94 casos de coronavírus foram notificados em Walla Walla com uma morte. “Não sabemos quando isso está sendo realizado, descobrimos depois que tivemos casos”, disse Meghan DeBolt, diretora de Saúde do condado, a um jornal local. “Perguntamos sobre os contatos e 25 pessoas nos disseram que estavam em uma festa da covid.”

 

Ela classificou esse comportamento de irresponsável e pediu aos moradores que sigam medidas de distanciamento físico e social apropriadas para impedir a transmissão. “Precisamos usar o bom senso e ser espertos ao enfrentarmos essa pandemia”, afirmou. “As festas da covid-19 não fazem parte da solução”, concluiu. Até agora, apenas uma dessas reuniões foi relatada nos Estados Unidos, em março, no Kentucky, que deixou uma pessoa infectada. Até o fechamento desta edição, o país contabilizava 1.254.740 casos de covid-19 e 75.543 mortes. A cidade de Nova York registrou, até o momento, 26.144 óbitos; 55.547 pacientes conseguiram se recuperar.


Casa Branca

 

Um militar que trabalha na Casa Branca testou positivo para o novo coronavírus, informou a Presidência dos EUA, especificando que o presidente Donald Trump não foi infectado. “Recentemente, fomos notificados pela Unidade Médica da Casa Branca que um membro do Exército americano, que trabalha no perímetro da Casa Branca, testou positivo para o coronavírus”, declarou o secretário adjunto de imprensa Hogan Gidley. “Depois disso, o presidente e o vice-presidente deram negativo para o vírus e estão com uma saúde muito boa.” Segundo o canal CNN, o militar em questão é um membro da Marinha a serviço direto de Donald Trump. 

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