Novas pesquisas sobre o papel dos aerossóis na transmissão de Sars-CoV-2 começam a indicar que a fala e a respiração de pessoas infectadas pelo coronavírus podem ser meios de transmissão da covid-19. Especialmente no caso de assintomáticos, segundo um artigo publicado na revista Risk Analysis. O texto, produzido por especialistas da Sociedade de Análise de Risco dos EUA, afirma que diretrizes para proteção suficiente à inalação serão importantes para conter a propagação da doença
Até agora, os principais métodos de transmissão identificados foram as gotículas expelidas por tosse e espirro. Contudo, o artigo ressalta que se deve prestar mais atenção à inalação de aerossóis, que são pequenas partículas que podem permanecer no ar. Em 1º de abril, uma carta produzida pelo Comitê da Academia Nacional de Ciências sobre Doenças Infecciosas Emergentes e Ameaças à Saúde do Século 21, dos EUA, concluiu que, mesmo com pesquisas limitadas sobre Sars-CoV-2, os resultados dos estudos disponíveis são consistentes com a transmissão do vírus pela fala e a respiração.
Relatos de indivíduos assintomáticos infectando outras pessoas com covid-19 revelam que atividades como respiração e conversação produzem pequenas gotículas que podem ser transportadas pelo ar. Como as partículas de aerossol produzidas por esses meios são muito pequenas, elas permanecem na atmosfera por períodos relativamente longos, antes que a gravidade as puxe para o chão.
Isso permite que as partículas sejam transportadas por distâncias maiores. Um estudo de 2006 sobre a Sars-CoV-1 descobriu que partículas com diâmetro de 1-3 micrômetros permaneciam suspensas no ar quase indefinidamente.
Já as com tamanho de 10 micrômetros levavam 17 minutos para cair no chão. As de 20 micrômetros demoravam quatro minutos.Um recente estudo de laboratório descobriu que o vírus pode permanecer viável e infeccioso em aerossóis por três horas, e em superfícies por dias.
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