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EUA barra votação de texto na ONU sobre cessar-fogo por pandemia

A resolução, negociada desde março e sugerida pela Tunísia e pela França, exigia uma coordenação reforçada entre os membros da ONU e ressaltava a necessidade urgente de apoiar as entidades do sistema das Nações Unidas, incluindo as agências de saúde especializadas

Correio Braziliense
postado em 08/05/2020 16:59
A resolução, negociada desde março e sugerida pela Tunísia e pela França, exigia uma coordenação reforçada entre os membros da ONU e ressaltava a necessidade urgente de apoiar as entidades do sistema das Nações Unidas, incluindo as agências de saúde especializadasOs Estados Unidos impediram nesta sexta-feira (8) a votação no Conselho de Segurança da ONU de um texto que pedia o cessar-fogo em áreas em conflito durante a pandemia do novo coronavírus, aparentemente por causa de uma menção implícita à Organização Mundial da Saúde (OMS).

A resolução, negociada desde março e sugerida pela Tunísia e pela França, exigia uma "coordenação reforçada" entre os membros da ONU e ressaltava "a necessidade urgente" de apoiar as entidades do sistema das Nações Unidas, incluindo "as agências de saúde especializadas".  

Os EUA bloquearam um procedimento que permitiria que a votação do texto ocorresse, segundo fontes diplomáticas.

O presidente Donald Trump tem sido muito crítico ao trabalho da OMS, ao considerar que a entidade não lida bem com a crise na saúde global, e suspendeu o financiamento dos EUA a essa agência da ONU.

Trump, que foi acusado de retardar a reação dos Estados Unidos à pandemia da COVID-19, disse que a OMS agiu tarde demais e que a organização apoia cegamente a China, local onde o surto de coronavírus surgiu em dezembro do ano passado.

Os Estados Unidos são o maior financiador da OMS, com mais de US$ 400 milhões por ano. A organização ajuda a combater doenças em todo o mundo, incluindo a poliomielite e a malária. 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pede há mais de um mês um cessar-fogo mundial, solicitando que todas as partes envolvidas nos conflitos abaixem as armas e permitam que as nações devastadas pela guerra combatam em paz o coronavírus.


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