Mundo

Desconfinamento na Inglaterra

Correio Braziliense
postado em 11/05/2020 04:42
Duramente criticado por adotar restrições mais tarde que seus grandes vizinhos europeus, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, apresentou, ontem, um plano de reabertura progressiva no país com maior número de mortes pela covid-19  (31 mil) do continente — e segundo do mundo, atrás dos Estados Unidos. Diante das sérias consequências econômicas da quarentena — o Banco da Inglaterra prevê queda de 14% no PIB —, o governo decidiu convocar setores como construção e indústria a retomar o trabalho a partir de hoje.

Na quarta-feira, as pessoas também serão incentivadas a fazer exercícios ilimitados ao ar livre, tomar sol, dirigir para destinos afastados e até jogar em equipes, disse Johnson. No fim de semana, os grandes parques de Londres foram palco da multiplicação de piqueniques e outras atividades ainda não autorizadas. Na sexta-feira, as ruas ficaram agitadas, com as comemorações do 75º aniversário da rendição dos nazistas no final da Segunda Guerra Mundial, com pequenas festas entre vizinhos que tentavam manter o distanciamento.

Multas
Por outro lado, o primeiro-ministro anunciou que as multas serão aumentadas para quem desrespeitar as regras. Boris Johnson também afirmou que, “se houver problemas, não hesitaremos em colocar os freios no desconfinamento”.

Em uma segunda fase, provavelmente em 1º de junho, lojas e escolas primárias poderão reabrir. Para julho, espera-se que locais públicos, como cafés e restaurantes que respeitem a distância, retomem as atividades.

As medidas anunciadas ontem, no entanto, aplicam-se apenas à Inglaterra, pois as nações autônomas da Escócia, Gales e Irlanda do Norte determinam, por conta própria, a flexibilização. A reabertura gradativa será baseada em um sistema de alerta com cinco níveis, similar ao que existe para a ameaça terrorista, que informará ao país sobre a evolução da pandemia. “No momento, acreditamos que o país está no nível quatro de uma escala até cinco”, afirmou o ministro do Governo Local e da Habitação, Robert Jenrick.




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