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Argentina desenvolve teste rápido para detectar coronavírus

Os primeiros testes serão produzidos durante os próximos 10 dias e é projetada uma produção que permitirá 200.000 testes mensais

Correio Braziliense
postado em 15/05/2020 21:27
Os primeiros testes serão produzidos durante os próximos 10 dias e é projetada uma produção que permitirá 200.000 testes mensaisO governo da Argentina apresentou nesta sexta-feira (15) um teste rápido para a detecção de coronavírus desenvolvido nacionalmente que permite um resultado em duas horas.

Os primeiros testes serão produzidos durante os próximos 10 dias e é projetada uma produção que permitirá 200.000 testes mensais. 

É um teste do tipo molecular rápido, sensível, de baixo custo e fácil de operar, conforme anunciado. 

"Isso vale ouro porque nos dá o direito de agir por nós, nós o produzimos e é para o nosso povo", disse o presidente Alberto Fernández ao apresentar o teste junto aos ministros da Ciência e Tecnologia, Roberto Salvarezza e Saúde, Ginés González Garcia. 

O exame foi desenvolvido por cientistas da Conicet, a agência estadual de ciência e técnica, em colaboração com um laboratório argentino. 

O chamado "Neokit-COVID-19" permite obter resultados em menos de 2 horas com sensibilidade semelhante às técnicas atuais que requerem cerca de 12 horas em laboratório. 

"Isso foi feito por pesquisadores argentinos e produzido por um laboratório argentino, isso é tão importante para o desenvolvimento de um país, porque mostra que não dependemos de outros, que podemos fazê-lo, isso é soberania, e é isso que todos devem entender" Fernández declarou durante  o anúncio na residência de Olivos. 

Saiba Mais

O desenvolvimento foi concluído em um mês e meio de pesquisa e o custo de produção de cada kit foi estimado em 8 dólares, conforme necessário. 

"Este teste é facilmente aplicável e há uma redução significativa no custo operacional", acrescentou. 

O ministro da Ciência destacou as economias que a produção própria representa em comparação com a importação de testes. 

"Vamos garantir que ele esteja disponível primeiro para o país e depois pensaremos em exportá-lo", afirmou o ministro da Ciência. 

É a segunda conquista científica em relação ao coronavírus que apresentada pela Argentina nas últimas semanas. 

A anterior foi um teste para medir os anticorpos contra o coronavírus. 

A Argentina, que mantém uma quarentena obrigatória desde 20 de março, registrou 353 mortes em um total de 7.134 infectados.

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