Mundo

Merkel e Macron propõem plano

Correio Braziliense
postado em 19/05/2020 04:06
Freiras caminham pela Basílica de São Pedro, no Vaticano, no primeiro dia de reabertura a visitantes

Numa apresentação conjunta, cada um em seu país, o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, divulgaram, ontem, um plano de reativação de 500 bilhões de euros (R$ 3,12 trilhões) para a Europa, para aliviar a recessão histórica causada pela pandemia do novo coronavírus. Paris e Berlim propõem que a Comissão Europeia financie esse apoio à recuperação, recorrendo aos mercados em nome da União Europeia.

A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou a proposta como construtiva, acrescentando que “reconhece o alcance e a magnitude do desafio econômico” que o continente enfrenta. “Vai na direção da proposta em que a comissão está trabalhando, que também levará em conta as opiniões de todos os estados-membros e da Eurocâmara”, disse.

Segundo o comunicado de Macron e Merkel, os fundos serão alocados como despesas orçamentárias aos países, aos setores e às regiões mais afetados.

Macron destacou que os países beneficiários do plano de reativação não terão que reembolsar a ajuda, um movimento de solidariedade inédito. “O objetivo é tentar tirar a Europa dessa crise mais unida e solidária”, ressaltou Merkel.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, saudou o projeto. “As propostas franco-alemãs são ambiciosas, focadas e bem-vindas”, opinou, em declarações aos jornais europeus Les Echos (França), Corriere della Sera (Itália, Handelsblatt (Alemanha) e El Mundo (Espanha). Por sua vez, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, chamou o plano de Paris e Berlim de “um passo na direção certa”.

Itália


Aos poucos, a Europa tenta retomar a vida. Primeiro país a confinar, há mais de dois meses, toda a sua população para conter a pandemia de coronavírus, a Itália experimenta desde 4 de maio um pouco de liberdade, graças ao primeiro levantamento parcial das restrições. O desconfinamento se acelera, com a reabertura tímida de lojas e cafés. Ontem, fiéis puderam voltar a assistir às missas.

Na presença de vários policiais usando luvas e máscaras cirúrgicas, um grupo de visitantes, seguindo as marcações no chão para respeitar uma distância mínima de 1,5m, entrou na Basílica de São Pedro, no Vaticano, fechada desde 10 de março. Antes de entrar, tiveram a temperatura medida e desinfetaram  as mãos com álcool em gel.

Sob a enorme cúpula com mármore esculpido e policromado, alguns visitantes rezaram diante do túmulo do falecido papa João Paulo II, que completaria 100 anos de vida, ontem. Antes de liberar o acesso à basílica, o papa Francisco celebrou uma missa em memória do pontífice polonês.

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