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Trump quer cúpula do G7 presencial como símbolo do retorno à 'normalização'

Em meados de março, por conta do impacto da covid-19 na Europa, foi divulgado que esse encontro de chefes de Estado de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido seria realizado por meio de videoconferência

Correio Braziliense
postado em 20/05/2020 20:57
Em meados de março, por conta do impacto da covid-19 na Europa, foi divulgado que esse encontro de chefes de Estado de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido seria realizado por meio de videoconferênciaO presidente americano, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (20) que a cúpula do G7, a ser realizada em junho e que este ano seria organizada nos Estados Unidos, deveria ser presencial na residência de Camp David e não por videoconferência, como um símbolo do retorno à 'normalização'. 

"Agora que nosso país está em transição para retornar à grandeza, estou pensando em reprogramar o G7 para a mesma data ou uma próxima em Washington, na lendária Camp David", afirmou.

Em meados de março, por conta do impacto da COVID-19 na Europa, foi divulgado que esse encontro de chefes de Estado de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido seria realizado por meio de videoconferência.

Mas a menos de seis meses da eleição presidencial, Trump defende o fim das medidas de confinamento e a pronta retomada da atividade econômica, abalada pelos efeitos do coronavírus.

"Os outros membros (do G7) também começaram seu retorno [às atividades]. Seria um símbolo maravilhoso para todos. Normalização!", afirmou o presidente americano.

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Uma reunião desse nível também permitiria a Trump se posicionar no cenário internacional e enviar uma mensagem de força, depois de ser amplamente criticado pela maneira como gerencia o combate à pandemia, que nos Estados Unidos, país mais afetado pela COVID-19 no mundo, com mais de 90.000 vítimas fatais. 

Também teria uma tribuna para amplificar sua luta contra a China, a quem culpa pela disseminação do vírus e acusa de não ter reagido a tempo quando o mesmo emergiu no final do ano passado na cidade de Wuhan. Além disso, Trump questiona Pequim pela suposta falta de transparência na forma como lidou com a COVID-19.

O presidente da França, Emmanuel Macron, reagiu, dizendo-se "disposto" a viajar "se as condições sanitárias permitirem". 

"O G7 é um grande evento internacional", acrescentou o Macron, que no ano passado organizou o evento no resort atlântico de Biarritz. 

A chanceler alemã, Angela Merkel, por sua vez, destacou que, independentemente do formato da reunião, ela lutaria decisivamente "pelo multilateralismo". 

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, foi mais cauteloso, enfatizando que é importante estudar "quais medidas serão adotadas" e quais são as recomendações dos especialistas. 

A organização dessa cúpula, que é a primeira desde a pandemia que deixou mais de 325.000 mortos em todo o mundo, levanta várias questões. 

A primeira é o tamanho das delegações que acompanharão cada líder e se usarão máscaras, uma prática que Trump evitou até agora. 

Se for confirmado o encontro presencial, Camp David, localizada em uma região montanhosa do estado de Maryland, perto de Washington, possui grande vantagem, pois é um local isolado e é fácil garantir a segurança. 

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