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Maduro ordena testes de mísseis em águas venezuelanas

O presidente Nicolás Maduro disse estar aguardando a chegada de petroleiros do Irã em meio a tensões com os Estados Unidos

Correio Braziliense
postado em 22/05/2020 12:40
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro (C), falando durante uma reunião com membros das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB), no Palácio Presidencial de Miraflores, em Caracas, em 21 de maio de 2020, durante o novo coronavírus, COVID- 19, pandemia.As Forças Armadas da Venezuela realizaram testes de mísseis na quinta-feira em La Orchila, uma ilha no norte do país do Caribe, disse o presidente Nicolás Maduro, aguardando a chegada de petroleiros do Irã em meio a tensões com os Estados Unidos. 

"Testemunhamos exercícios militares (...) na ilha de La Orchila, com o teste de sistemas de mísseis de precisão máxima para a defesa de águas e costas", declarou Maduro durante uma reunião com o alto comando militar transmitido pela televisão estatal, sem mencionar diretamente navios iranianos carregados com gasolina e outros produtos petrolíferos que se dirigem para a Venezuela. 

Os testes fazem parte de exercícios militares chamados "Escudo Bolivariano", um destacamento permanente criado em fevereiro com o qual Maduro renovou sua retórica anti-imperialista contra Washington, que aumentou a pressão sobre a Venezuela, reforçando as sanções contra o país e sua indústria petrolífera e acusando o presidente do "narcoterrorismo", oferecendo uma recompensa por ele. 

Juan Guaidó, líder parlamentar da oposição reconhecido por cinquenta países - incluindo os Estados Unidos - como presidente interino do país sul-americano, chamou o "Escudo Bolivariano" de "exercício de propaganda". 

Na quarta-feira, Maduro comemorou a chegada dos navios do Irã, depois que Teerã alertou sobre "consequências" se os Estados Unidos impedirem sua chegada à Venezuela. 

Segundo relatos da imprensa, são cinco navios-tanque que transportam 1,5 milhão de barris de gasolina. 

A escassez de combustível no país, crônica há anos nas áreas de fronteira, foi ampliada durante a quarentena pelo novo coronavírus e atingiu Caracas. 

A data em que os navios entrarão nas águas venezuelanas ainda não foi anunciada.

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