Mundo

Jovens recorrem às mídias tradicionais

Correio Braziliense
postado em 24/05/2020 04:14

Um estudo realizado por cientistas ingleses mostra que, em função da pandemia, os jovens têm se preocupado mais com o futuro e também com as fontes de notícias que consomem. Com base nos resultados do estudo, publicado no periódico Beatfreeks Youth Trends, os investigadores acreditam que esse comportamento pode ser duradouro e influenciar positivamente essa geração no futuro.

O estudo contou com a participação de 1.535 jovens, com idade entre 16 e 25 anos, entrevistados entre o fim de março e o início de abril. Os resultados mostram que 91% dos entrevistados disseram seguir os conselhos dados pelo governo para evitar a disseminação do coronavírus e que 61% estão preocupados com sua saúde mental durante o período de isolamento.

A maioria dos jovens, 80%, busca notícias não nas mídias sociais, mas em meios de comunicação mais tradicionais, incluindo jornais de renome e portais oficiais do governo. “A pesquisa mostra que eles não se sentem seguros ao navegar no mundo da mídia social de notícias falsas. Muitos jovens estão usando a mídia tradicional — talvez, pela primeira vez, porque eles podem consumi-la com uma certa confiabilidade”, detalha, em comunicado, Andrew Mycock, um dos autores do estudo e pesquisador da Universidade de Huddersfield, no Reino Unido.

Preocupação profissional

Nas respostas dos jovens, também é possível identificar os temas que mais os preocupam. “A maioria avalia bem o isolamento, mas está cada vez mais ansiosa com sua carreira, seu progresso educacional e a direção que a sociedade vai tomar”, detalha Mycock.

Para ele, os dados podem ajudar as autoridades na elaboração de políticas públicas que ajudem na retomada das atividades cotidianas após a pandemia e em formas de inclusão, uma das queixas constatadas no estudo. “Os jovens sentem-se isolados porque os formuladores de políticas não os envolvem ao tomar decisões que têm efeitos profundos sobre a vida deles. Os efeitos disso não se resolverão em um ou dois anos. Pode ser que essa seja a geração cuja vida seja fundamentalmente mudada para sempre.”



61%
dos entrevistados dizem estar preocupados com a saúde mental na atual pandemia
 
 
 
 
 
 

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