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Tailândia entra na corrida das vacinas contra novo coronavírus

Após resultados conclusivos em ratos, cientistas tailandeses começaram a testar um novo candidato a vacina contra o novo coronavírus em macacos, fase antes dos testes em humanos

Correio Braziliense
postado em 25/05/2020 11:41
Bebê macaco de laboratório sendo examinado por funcionários do centro de criação de macacos cynomolgus (longtail macaques) no Centro Nacional de Pesquisa de Primatas da Tailândia na Universidade Chulalongkorn em Saraburi.A Tailândia começou a testar em macacos e espera poder comercializar uma vacina contra o coronavírus até o final de 2021, informaram nesta segunda-feira (25/5) os responsáveis pelo projeto.

Atualmente, mais de cem pesquisas estão em andamento em todo o mundo e oito delas já estão no nível de testes em humanos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Esperamos produzir uma vacina que será comercializada a um preço mais acessível" do que na Europa ou nos Estados Unidos, afirmou à AFP Suchinda Malaivitjitnond, diretora do Centro Tailandês de Pesquisa sobre Primatas.

Após testes positivos com ratos, a diretora supervisionou no sábado as injeções em um primeiro grupo de 13 macacos.

Sua equipe trabalha em colaboração com a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e é baseada em uma nova tecnologia, nunca usada para fazer uma vacina: RNA mensageiro (mRNA) que transporta o código genético do DNA para as células.

Esse método visa fornecer ao corpo as informações genéticas necessárias para acionar preventivamente a proteção contra o coronavírus.

Uma das vacinas experimentais mais avançadas do mundo, a da sociedade americana de biotecnologia Moderna, à qual o governo dos Estados Unidos concedeu 500 milhões de dólares, também é desenvolvida de acordo com essa tecnologia.

Se os testes em macacos forem positivos, os testes em humanos poderão começar em outubro e estar disponíveis em "um ano e meio", segundo Kiat Ruxrungtham, da Universidade Chulalongkorn, em Bangcoc, associada ao projeto.

Seu desejo é poder oferecer a tecnologia da vacina contra o coronavírus a países pobres da região, como Camboja, Laos ou Mianmar.

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