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Violência divide os manifestantes no caos de Minneapolis

As autoridades locais foram conciliadoras nos primeiros dias dos protestos, mas após os protestos chamaram a Guarda Nacional e endureceram o tom

Correio Braziliense
postado em 30/05/2020 13:45
"Estamos em 2020 e estamos lidando com o mesmo problema que tínhamos nos anos 1960... parece que Minneapolis finalmente chegou ao limite", completa o jovem. 



"George Floyd não é o primeiro", afirma Jerry, branco, de 29 anos. "O que devemos fazer, relaxar e aceitar?", questiona. 

De acordo com o jornal The Washington Post, mais de 1.000 pessoas morreram depois que foram baleadas pela polícia ano passado nos Estados Unidos. Na estatística, os negros estão representados em excesso.

No caso de Floyd, o oficial que ajoelhou sobre seu pescoço foi acusado na sexta-feira de assassinato em terceiro grau, por provocar uma morte de forma involuntária, e homicídio culposo. 

A família de Floyd deseja que os outros três oficiais que participaram na ação também sejam acusados.

Na sexta-feira à noite, helicópteros sobrevoaram Minneapolis enquanto os manifestantes enfrentavam a polícia e explosões eram ouvidas nas ruas. 

"Dá medo, mas ao mesmo tempo é necessário", disse um jovem estudante. "Aconteceram muitos protestos pacíficos e nada mudou. Às vezes as coisas devem piorar antes de melhorar". 

Outros pensam de maneira diferente: "Estão piorando a situação, dando a eles (a polícia) uma razão para atirar", disse Phae, de 34 anos, visivelmente exausta.

"Concordo plenamente, mas não quero perder todas as minhas coisas", diz uma jovem que mora em cima de uma loja cercada e que teme que vire alvo da violência.

As autoridades locais foram conciliadoras nos primeiros dias dos protestos, mas após os protestos chamaram a Guarda Nacional e endureceram o tom. "Não há honra em queimar sua cidade", disse o prefeito de Minneapolis, Jacob Frey. "Isto tem que parar".

Algumas lojas destruídas pelo fogo pertencem a famílias negras, afirmou Tim Walz, governador de Minnesota: "Não se trata da morte de George. Não se trata de iniquidades reais. Trata-se de caos".

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