Correio Braziliense
postado em 31/05/2020 21:21
O número de famílias pobres pode dobrar este ano na Cisjordânia devido à pandemia de covid-19 que ameaça as finanças públicas e o emprego nos territórios palestinos, alertou o Banco Mundial em um estudo divulgado neste domingo (31/5).
Até o momento, os territórios palestinos foram relativamente poupados da pandemia, registrando um total de 447 casos e três mortes em uma população de cinco milhões na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza.
Mas a crise, como em outras partes do mundo, afundou a atividade econômica em um momento em que as autoridades locais estão sob pressão para aumentar as medidas sanitárias e a recuperação econômica.
"Antes da pandemia de covid-19, cerca de um quarto dos palestinos vivia abaixo da linha da pobreza, 53% em Gaza e 14% na Cisjordânia. Segundo estimativas, o número de famílias pobres aumentará para 30% na Cisjordânia e 64% em Gaza", observa o Banco Mundial em seu relatório.
O impacto será mais significativo na Cisjordânia, pois dezenas de milhares de palestinos que vivem neste território trabalham em Israel, também afetado pela crise.A pandemia reduziu o número de trabalhadores, contribuindo para uma "redução significativa" em sua contribuição financeira.
Depois de semanas sem poder entrar em Israel por causa do vírus, milhares de trabalhadores da Cisjordânia foram liberados no início de maio para retornar como parte de uma política de retomada progressiva da economia local.
Sob um acordo entre Israel e a Autoridade Palestina, 40.000 dos quase 100.000 trabalhadores receberam permissão para retornar aos seus postos e mais de 60.000 já haviam retornado no domingo, segundo as autoridades israelenses.
O Banco Mundial prevê uma contração do PIB nos territórios palestinos entre 7,6 e 11,2% este ano. Essa situação também terá um impacto no orçamento palestino, com uma redução de receita de 1,5 bilhão de dólares (cerca de 1,3 bilhão de euros) prevista para este ano.
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