Mundo

Manifestações no Canadá e na Europa

Correio Braziliense
postado em 01/06/2020 04:30
Em Londres, centenas de pessoas marcharam até a Embaixada dos EUA

Os protestos contra a morte de George Floyd, um homem negro, de 46 anos, asfixiado até a morte pelo policial Derek Chauvin, na segunda-feira, durante uma abordagem policial em Minneapolis, nos EUA, espalharam-se por outras cidades no mundo neste fim de semana. Manifestantes saíram às ruas nas capitais do Reino Unido e da Alemanha e em Toronto, no Canadá.

Centenas de pessoas reuniram-se, ontem, na Trafalgar Square, região central de Londres, para protestar. Também foram registrados atos no distrito de Peckham. Os manifestantes gritavam “justiça por George Floyd” e carregavam faixas e cartazes em homenagem ao afro-americano.

Em Berlim, na Alemanha, milhares de pessoas reuniram-se em frente à embaixada americana. Muitos carregavam cartazes pedindo Justiça por George Floyd, com a frase “black lives matter” (vidas negras importam). O slogan é do movimento criado em 2013, quando o vigia que matou o jovem Trayvon Martin, de 17 anos, na Flórida, foi inocentado por um júri. A americana Alicia Garza publicou, então, em seu perfil de Facebook a frase “nossas vidas importam”. A amiga dela Patrisse Khan-Cullors emplacou a hashtag #BlackLivesMatter, e a ativista Opal Tometi ajudou a criar, a partir dali, uma plataforma on-line para o que se tornaria o movimento.

Na cidade canadense de Toronto, a manifestação de ontem contra o racismo também foi em homenagem a Regis Korchinski-Paquet, um homem negro que morreu depois de cair de um prédio durante uma abordagem policial.

Brasil

Motivados pelos protestos antirracistas nos Estados Unidos, manifestantes reuniram-se, com distanciamento um do outro, na porta do Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, para um ato em defesa das vidas negras. No caso carioca, os participantes pedem o fim dos óbitos de jovens negros nas favelas — como a do menino João Pedro, de 14 anos, morto durante operação policial no Complexo do Salgueiro, no município de São Gonçalo, no mês passado. Ele estava dentro de casa quando foi atingido.

Os manifestantes carregavam cartazes com frases como “vidas negras importam”, “Estado genocida” e “parem de nos matar”. No fim do ato, houve confusão, e a Polícia Militar jogou bombas de gás lacrimogênio e usou spray de pimenta. Em nota, a corporação justificou que os recursos foram necessários porque alguns participantes do ato atiraram pedras contra o Palácio e policiais. 

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