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ONU: covid-19 e protestos ressaltam 'discriminação racial endêmica' nos EUA

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, fez a declaração nesta terça-feira(2/6)

Correio Braziliense
postado em 02/06/2020 12:40
Um homem segura uma faixa do Black Lives Matter durante um protesto pela justiça racial em Charlottesville em 30 de maio de 2020. Manifestações estão sendo realizadas nos EUA depois que George Floyd morreu sob custódia policial em 25 de maio.A pandemia e as manifestações nos Estados Unidos após a morte de um homem negro asfixiado por um policial branco destacam "as discriminações raciais endêmicas" , declarou nesta terça-feira (2/6) a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.

"Este vírus mostra as desigualdades endêmicas que foram ignoradas por muito tempo", afirmou Bachelet em um comunicado. 

"Nos Estados Unidos, as manifestações (...) destacam não apenas a violência policial contra os cidadãos de cor, mas também as desigualdades no âmbito da saúde, educação e emprego e também a discriminação racial endêmica", acrescentou.

Uma semana depois da morte de George Floyd, de 46 anos, pelas mãos do policial que o imobilizou contra o chão após prendê-lo na cidade de Minneapolis, os protestos se espalharam por todo o país e desde domingo geraram distúrbios generalizados e saques.

O presidente Donald Trump vive a crise mais grave de seu mandato diante dos milhares de manifestantes que protestam contra a brutalidade policial, o racismo e a desigualdade social, que a pandemia de coronavírus colocou ainda mais em evidência.

"As estatísticas mostram um impacto devastador da covid-19 nas populações de origem africana, assim como nas minorias étnicas de certos países como Brasil, França, Reino Unido e Estados Unidos", acrescentou Bachelet.

Nos Estados Unidos, a taxa de mortalidade das pessoas com resultado positivo para covid-19 é duas vezes maior entre os afro-americanos do que em outras comunidades, de acordo com a ex-presidente chilena.

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