Correio Braziliense
postado em 03/06/2020 04:14
Adiadas em razão da pandemia do novo coronavírus, as eleições gerais na Bolívia, inicialmente programadas para 3 de maio, têm nova data. Após um acordo entre os partidos políticos, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Salvador Romero, marcou a votação para 6 de setembro.Para isso, a Justiça Eleitoral encaminhará um projeto ao Parlamento. “Uma vez publicada a lei, o órgão eleitoral fixará esse dia como data da eleição geral 2020, por meio de uma resolução”, disse o presidente do TSE.
Os bolivianos retornarão às urnas pouco menos de um ano após a anulação da eleição do então presidente Evo Morales para o quarto mandato. Ao fim da apuração, permeada por protestos pelo país, Morales saiu vitorioso em primeiro turno. A oposição denunciou uma fraude e o pleito acabou anulado.
Sob pressão, Morales renunciou em 10 de novembro depois de quase 14 anos no poder e partiu para o México, onde recebeu asilo político. Mas um mês depois, mudou-se para a Argentina como refugiado, de onde comanda seu partido, o Movimento para o Socialismo (MAS).
Depois da queda de Morales, a senadora de direita Jeanine Áñez assumiu a presidência da Bolívia, provisoriamente. Ela decidiu se candidatar nas próximas eleições.
Salvador Romero garantiu que o país, a despeito da covid-19, estará apto a realizar as eleições com segurança. Ele assegurou que o TSE vai trabalhar para que os eleitores não se submetam a riscos. Até o momento, a pandemia infectou mais de 10.500 pessoas na Bolívia e deixou 343 mortos.
Na segunda-feira, algumas cidades do país começaram a retomar a rotina. Entre elas, La Paz, El Alto, Oruro, Sucre, Cobija e Cochabamba, nas quais os bolivianos foram autorizados a retornar ao trabalho e o transporte público voltou a operar.
O governo boliviano deixou para os governos departamentais (estaduais) e prefeitos tomarem medidas para relaxar a quarentena contra o coronavírus, que começou em 17 de março, após a notificação dos primeiros casos.
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