Mundo

Aumento do autocuidado

Correio Braziliense
postado em 03/06/2020 04:14
Uma das heranças positivas da pandemia do coronavírus poderá ser uma preocupação maior com o autocuidado. É o que sinaliza um estudo com norte-americanos conduzido pelos Programas Integrados de Saúde Samueli. A grande maioria dos entrevistados, 80%, disse que está mais consciente de que precisa integrar práticas de autocuidado na rotina e que, mais do que nunca, tem focado na saúde mental (64%).

O estudo mostra ainda que algumas práticas começam a ser incorporadas à rotina. Considerando o período anterior ao surgimento do novo coronavírus, 35% dos entrevistados diz praticar atividades mais criativas, 31% oram mais ou mantêm conversas mais significativas com amigos e familiares e 25% percebem que estão se alimentando de forma mais saudável.

Por outro lado, 55% admitem ter interrompido tratamentos médicos regulares. O retrato é parecido com o esboçado em um estudo divulgado, na segunda-feira, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A agência analisou dados de 155 países e detectou que os cuidados com doenças crônicas estão comprometidos em função da pandemia. Dos países consultados, 53% interromperam parcial ou integralmente o tratamento da hipertensão, 49%, o do diabetes e 42%, o de cânceres, por exemplo.

Diretor executivo dos Programas Integrados de Saúde Samueli, Wayne Jonas alerta sobre os riscos de interromper a assistência médica na atual crise sanitária. “Isso não apenas deixa as pessoas sem cuidados críticos imediatos, como também interrompe os cuidados preventivos necessários, essenciais para a prevenção e o gerenciamento de doenças crônicas. Essa mudança no acesso à saúde, provavelmente, terá repercussões perigosas para a saúde a longo prazo.”





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