"Os que estão escondidos são eles (...) Quinze milhões de dólares de recompensa por eles. Eu estou botando a cara", diz Guaidó em um dos vídeos, referindo-se à acusação da justiça americana de "narcoterrorismo" contra o presidente socialista Nicolás Maduro.
Nesta sexta-feira, a França desmentiu que Guaidó, líder do Parlamento opositor e reconhecido como presidente encarregado por meia centena de países, estivesse em sua embaixada.
"O senhor Juan Guaidó não está na residência da França em Caracas. O confirmamos várias vezes às autoridades venezuelanas", afirmou a porta-voz do ministério francês das Relações Exteriores, Agnès von der Mühll.
Os vídeos mostram o dirigente opositor, com máscara e luvas de proteção pela pandemia da COVID-19, em um trajeto a pé por uma fila de carros formada por motoristas que tentam abastecer, enquanto cumprimenta e conversa com alguns deles.
"Aqui os que se escondem são aqueles cuja cabeça está a prêmio", escreveu a deputada opositora Delsa Solórzano, ao divulgar as imagens.
O chanceler Arreaza sugeriu na quinta-feira que Guaidó estaria na embaixada francesa dias depois de Maduro insinuar, sem mencioná-lo, que o dirigente parlamentar estava "escondido" em uma sede diplomática.
Saiba Mais
"Esperamos que estes governos retifiquem (...) e entreguem os foragidos da justiça à justiça venezuelana", acrescentou Arreaza. Guaidó é alvo de múltiplos processos judiciais, desde que se proclamou presidente interino, em janeiro de 2019, embora não se conheça que exista contra ele uma ordem de prisão.