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Guaidó aparece após acusação de que estaria refugiado em embaixada francesa

Guaidó é alvo de múltiplos processos judiciais, desde que se proclamou presidente interino, em janeiro de 2019, embora não se conheça que exista contra ele uma ordem de prisão

Correio Braziliense
postado em 06/06/2020 21:45
Juan GuaidóCaracas, Venezuela - O líder opositor Juan Guaidó ressurgiu na rua em vídeos divulgados no sábado (6) por ele próprio, sua equipe e parlamentares aliados depois de o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, afirmar que ele estava refugiado na embaixada francesa em Caracas, o que foi desmentido por Paris.

"Os que estão escondidos são eles (...) Quinze milhões de dólares de recompensa por eles. Eu estou botando a cara", diz Guaidó em um dos vídeos, referindo-se à acusação da justiça americana de "narcoterrorismo" contra o presidente socialista Nicolás Maduro.

Nesta sexta-feira, a França desmentiu que Guaidó, líder do Parlamento opositor e reconhecido como presidente encarregado por meia centena de países, estivesse em sua embaixada.

"O senhor Juan Guaidó não está na residência da França em Caracas. O confirmamos várias vezes às autoridades venezuelanas", afirmou a porta-voz do ministério francês das Relações Exteriores, Agnès von der Mühll.

Os vídeos mostram o dirigente opositor, com máscara e luvas de proteção pela pandemia da COVID-19, em um trajeto a pé por uma fila de carros formada por motoristas que tentam abastecer, enquanto cumprimenta e conversa com alguns deles.

"Aqui os que se escondem são aqueles cuja cabeça está a prêmio", escreveu a deputada opositora Delsa Solórzano, ao divulgar as imagens.

O chanceler Arreaza sugeriu na quinta-feira que Guaidó estaria na embaixada francesa dias depois de Maduro insinuar, sem mencioná-lo, que o dirigente parlamentar estava "escondido" em uma sede diplomática.

Saiba Mais

"Nós não podemos entrar em uma residência de uma embaixada de qualquer país, neste caso da França ou da Espanha, e que a justiça os leve à força. Não se pode", respondeu Arreaza durante entrevista por rádio a uma jornalista que lhe perguntou sobre a suposta presença de Guaidó na embaixada francesa, assim como por seu mentor, Leopoldo López, que é hóspede na residência do embaixador espanhol em Caracas há mais de um ano.

"Esperamos que estes governos retifiquem (...) e entreguem os foragidos da justiça à justiça venezuelana", acrescentou Arreaza. Guaidó é alvo de múltiplos processos judiciais, desde que se proclamou presidente interino, em janeiro de 2019, embora não se conheça que exista contra ele uma ordem de prisão.

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