A despedida continua em Houston
Do lado de fora da Igreja Fonte de Louvor, em Houston (Texas), mulher cerra os punhos diante de imagem do funeral de George Floyd, que ocorreu no interior do templo. Durante todo o dia de ontem, milhares de brancos e negros, civis e policiais, se uniram em mais um dia de despedidas. Visitantes ostentavam camisetas com a imagem de Floyd e com frases de ordem, como “Eu também sou americano”, além de pôsteres com a foto da vítima da brutalidade policial. Nos arredores da igreja, um homem solitário tocava a canção Amazing Grace com um saxofone. Antes de adentrar o recinto, os visitantes tiveram a temperatura monitorada, passaram por um detector de metal e receberam instruções para respeitar o distanciamento social.
Museu, o provável destino do “traficante de escravos”
A derrubada da estátua de bronze do comerciante de escravos Edward Colston — instalada em 1985, em Bristol — provocou indignação no governo do Reino Unido. No entanto, o prefeito da cidade situada no sudoeste do Reino Unido avisou que prefere levar a peça para um museu do que devolvê-la à rua. “Derrubem todas. Em todos os lugares”, escreveu no Instagram o seis vezes campeão de Fórmula 1 Lewis Hamilton, que afirmou estar “orgulhoso” dos manifestantes que vandalizaram o monumento, no domingo, durante protestos contra a morte de George Floyd nos EUA. “Sou de origem jamaicana e não posso dizer que tenho uma verdadeira sensação de perda por esta estátua”, declarou o prefeito trabalhista de Bristol, Marvin Rees, à emissora BBC.
França proíbe estrangulamento em abordagens
Palco de sucessivos protestos contra a morte de George Floyd, a França decidiu banir o uso de estrangulamento por parte de seus policiais. “Esse apelo, eu o ouvi”, declarou, ontem, o ministro do Interior francês, Christophe Castaner. “Eu tenho uma especial recomendação para as nossas forças policiais. Eu digo isso com firmeza: o racismo não tem lugar em nossa sociedade e muito menos na polícia de nossa república”, afirmou. A partir de agora, policiais serão suspensos por palavras ou ações de cunho racista, e também receberão novas instruções sobre como realizar batidas para a checagem de documentos. O anúncio ocorreu após pressão do presidente, Emmanuel Macron. Ontem, em Nantes, manifestantes marcharam contra a brutalidade policial e o racismo.
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