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Irã vai executar espião que deu informações aos Estados Unidos

Dados causaram o assassinato do general Qassem Soleimani, em Bagdá

Correio Braziliense
postado em 09/06/2020 09:44
Em 7 de janeiro manifestantes sírios se reuniram na praça central de Saadallah al-Jabiri, na cidade de Aleppo, no norte da Síria, para lamentar e condenar a morte do comandante militar iraniano Qasem Soleimani (retrato) e outros nove em um ataque aéreo dos EUA em Bagdá.O Irã vai executar um iraniano que forneceu informações aos Estados Unidos e a Israel sobre os deslocamentos do general Qassem Soleimani, morto em um ataque executado por Washington em janeiro em Bagdá, anunciaram nesta terça-feira fontes oficiais em Teerã.

Mahmud Mussavi Majd foi declarado culpado de espionar as Forças Armadas do Irã, "concretamente a força Quds", a unidade de elite responsável pelas operações no exterior da Guarda Revolucionária (o exército ideológico iraniano), que era comandada pelo general Soleimani.

Majd teria recebido importantes quantias de dinheiro por sua ação, segundo as mesmas fontes.

De acordo com o porta-voz da Autoridade Judicial do Irã, Gholamhossein Esmaili, o condenado repassou à CIA e ao Mossad, os serviços de inteligência dos Estados e de Israel, respectivamente, informações "sobre as viagens e os locais onde esteve o general mártir Qassem Soleimani".

A condenação de Majd foi confirmada pelo Tribunal Supremo e será "aplicada em breve", afirmou um porta-voz judicial, sem revelar detalhes.

Soleimani morreu em um ataque americano com drone perto de Bagdá em 3 de janeiro. O general, venerado no Irã, era o arquiteto da estratégia militar do país na região, sobretudo no Iraque e na Síria.

Em dezembro, antes da morte de Soleimani, Teerã anunciou a detenção de oito pessoas "vinculadas à CIA" e aos protestos contra o governo nas ruas do país algumas semanas antes, motivados pelo aumento do preço da gasolina.

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