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Pandemia poderá levar 49 milhões de pessoas à extrema pobreza, diz ONU

O secretário-geral da ONU pediu ênfase nos programas nutricionais, principalmente com ajuda a crianças que não têm mais acesso à merenda escolar

Correio Braziliense
postado em 09/06/2020 15:45
O secretário-geral da ONU  pediu ênfase nos programas nutricionais, principalmente com ajuda a crianças que não têm mais acesso à merenda escolarO secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, alertou nesta terça-feira contra "uma crise mundial de alimentos" como consequência da pandemia de coronavírus para "centenas de milhões de crianças e adultos". 

"Nossos sistemas alimentares não funcionam mais e a pandemia de COVID-19 agrava a situação", disse Guterres em comunicado que acompanha um relatório da ONU, lembrando que atualmente "mais de 820 milhões de pessoas não comem ou passam fome". 

"Cerca de 144 milhões de crianças com menos de 5 anos sofrem de um atraso no desenvolvimento, o que representa uma em cada cinco crianças no mundo", alerta. 

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"Este ano, mais 49 milhões de pessoas poderão cair em extrema pobreza devido à crise" causada pela pandemia, acrescentou.

"O número de pessoas em situação de grave insegurança alimentar ou desnutrição severa aumentará rapidamente", disse Guterres, que pediu mobilização nos lugares "onde o risco é mais agudo". 

Ele pediu a proteção dos trabalhadores da alimentação, a preservação da ajuda humanitária e o reforço do apoio à indústria e ao comércio do setor, a fim de evitar a interrupção das cadeias de distribuição. 

O secretário-geral da ONU também pediu ênfase nos programas nutricionais, principalmente com ajuda a crianças que não têm mais acesso à merenda escolar. 

A ONU já havia alertado em abril o risco de uma explosão em casos de fome no mundo devido à pandemia.

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