Mundo

Notas 14

Correio Braziliense
postado em 10/06/2020 04:16

Protesto de crianças e acusação em Nova York


O bairro do Brooklyn, em Nova York, foi palco, ontem, de uma marcha de crianças (foto) em solidariedade ao movimento “Black Lives Matter” (“A vida dos negros importa”, pela tradução livre). Com cartazes improvisados com frases como “Ponham fim ao racismo”, “Vidas negras amadas” e “Poder para o meu povo”, filhos saíram acompanhados dos pais, todos de máscara. Foi uma forma de homenagear George Floyd e cobrar a luta contra a intolerância racial. Também em Nova York, o policial Vincent D’Andraia, de 28 anos, foi acusado judicialmente, após ter derrubado com violência uma mulher durante as manifestações contra a violência policial e o racismo nos EUA. Ele responderá pelos crimes de agressão, assédio e intimidação, de acordo com Eric Gonzalez, porta-voz da promotoria do Brooklyn.



Trump surpreende novamente e acusa ativista de simulação

Um tuíte do presidente Donald Trump causou mal-estar. O republicano sugeriu que o ativista Martin Gugino (foto), 75 anos, teria simulado a queda ao ser ferido pela polícia de Buffalo, no estado de Nova York. Em vídeo gravado na quinta-feira passada, dois policiais são vistos empurrando o manifestante, cuja cabeça bate no chão com força. Pouco depois, Gugino sangra, desacordado. “O manifestante de Buffalo empurrado pela polícia pode ser um agitador do Antifa”, escreveu Trump. “Eu assisti ao vídeo e ele caiu mais forte do que foi empurrado. (…) Poderia ser uma montagem?”, questionou. Em entrevista ao Correio, Kelly V. Zarcone, advogada de Gugino, afirmou que ele recebeu alta da unidade de terapia intensiva, mas segue hospitalizado. “Martin sempre foi um manifestante pacífico, porque se importa com a sociedade de hoje. Ele é um típico morador do oeste de Nova York que ama sua família. Nenhum policial sequer sugeriu outra coisa. Não sabemos o motivo de o presidente dos Estados Unidos ter feito acusações tão falsas contra ele”, afirmou Zarcone, por e-mail.



Homenagem a escravocratas

Uma dezena de bases do Exército dos Estados Unidos poderá ganhar novos nomes, em homenagem a generais que lutaram com o sul da escravidão durante a Guerra Civil. A decisão ocorre em meio à crescente pressão para livrar os Estados Unidos de monumentos associados à repressão aos afro-americanos. O Pentágono informou que os secretários Mark Esper (Defesa) e Ryan McCarthy (Exército) (foto) consideram a ideia. A pressão recai sobre 10 bases que levam os nomes dos generais do sul, o lado que perdeu a Guerra Civil (1861-1865) e que buscava preservar a escravidão. As dezenas de bases estão no sul do país e incluem Fort Bragg, na Carolina do Norte; Ford Hood, no Texas; e Fort Benning, na Geórgia.

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