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Prefeito de Norilsk é investigado após catástrofe ambiental no Ártico russo

O presidente russo Vladimir Putin decretou estado de emergência e advertiu o oligarca Vladimir Potanin, presidente da Norilsk Nickel

Moscou, Rússia - O Comitê de Investigação da Rússia abriu uma investigação contra o prefeito da cidade de Norilsk por "negligência" após o vazamento de combustível que causou uma catástrofe ecológica sem precedentes no Ártico russo, informaram as autoridades nesta quinta-feira. 

Segundo o comitê de investigação, Rinat Akhmetshin, prefeito da cidade de Norilsk, localizada a cerca de dez quilômetros da usina termelétrica de onde o combustível foi derramado, demonstrou "sua incapacidade de desempenhar suas funções em uma situação de emergência". "Akhmetshin, ciente da quantidade de combustível derramado do tanque, não tomou as medidas adequadas para responder à emergência", diz o organismo, estimando que a autoridade não organizou as operações de socorro a tempo.

O prefeito desta cidade industrial de cerca de 180.000 habitantes "não organizou o controle ou monitoramento do meio ambiente nem previu a evolução ou as consequências" da catástrofe, acrescenta o comitê em comunicado. Se condenado, o prefeito arrisca uma multa pesada e até seis meses de prisão.

Saiba Mais

Na quarta-feira, três diretores da subsidiária da gigante de mineração Norilsk Nickel, à qual a usina pertence, foram presos. Eles foram acusados de continuar explorando o tanque sem fazer os reparos recomendados em 2018. Em 29 de maio, as 21.000 toneladas de combustível foram derramadas no rio Ambarnaya e nas terras próximas, tingindo a água de cor púrpura.

O presidente russo Vladimir Putin decretou estado de emergência e advertiu o oligarca Vladimir Potanin, presidente da Norilsk Nickel. A empresa acredita que o acidente poderia ter sido devido ao derretimento do permafrost devido às mudanças climáticas, o que teria feito com que os pilares que sustentavam o tanque afundassem. O acidente foi considerado pelas organizações e autoridades ecológicas como o pior do Ártico russo.