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Chile registrará mortes suspeitas de covid-19, diz novo ministro da Saúde

Até este domingo o Chile já calculou 174.293 infectados e 3.323 mortos desde 3 de março, quando foi registrado o primeiro caso da doença no país

Correio Braziliense
postado em 15/06/2020 08:58
Funcionários de uma funerária transportam o caixão de uma vítima do covid-19 para um veículo, do lado de fora do Hospital Carlos Van Buren, em Valparaíso, em 12 de junho de 2020.O novo ministro da Saúde do Chile, Enrique Paris, afirmou neste domingo (14/6) que os registros da pandemia no país somarão as mortes suspeitas de coronavírus, um número que pode dobrar o saldo atual, superior aos 3.300 mortos desde março.

Ante o registro de quase 7.000 casos nas últimas 24 horas, o ministro afirmou que a quarentena será prolongará "pelo menos por todo o mês junho" na região metropolitana de Santiago, onde vivem sete milhões de habitantes.

Paris fez o anúncio em seu primeiro dia no cargo, após seu antecessor Jaime Mañalich renunciar no sábado em meio a críticas contra sua gestão da crise e pela mudança na metodologia de contagem que colocou em dúvida o real número de mortos por covid-19.

Paris assumiu o cargo em um momento em que a pandemia atinge severamente este país de quase 18 milhões de habitantes, onde as quarentenas seletivas de meados de março até as últimas medidas de confinamento mais radicais em Santiago e outras cidades não tiveram nenhuma eficácia para conter o avanço do vírus.

O relatório deste domingo continuou marcando recordes ao somar 6.938 novos casos e 222 mortes, totalizando 174.293 infectados e 3.323 mortos desde 3 de março, quando foi registrado o primeiro caso no Chile. 

"Desejamos continuar fortalecendo a transparência de nossos dados", disse Paris, acrescentando que "todas as sociedades científicas terão lugar nos diálogos", ao ratificar seu compromisso com o diálogo e com a consultoria de especialistas na tomada de decisões, algo pelo qual Mañalich foi criticado.

Em relação ao registro de mortes, o chefe do Departamento de Epidemiologia do Ministério da Saúde, Rafael Araos, confirmou que começarão a acrescentar "nos próximos dias" no registro diário as mortes que podem ser atribuidas à covid-19, mesmo que não tenham uma confirmação.

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