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Embaixada dos EUA em Seul retira faixa em apoio ao movimento antirracista

A faixa da embaixada na Coréia do Sul foi retirada para impedir que se acredite que o movimento Black Lives Matter tenha apoio financeiro do governo federal

Correio Braziliense
postado em 16/06/2020 12:35
A embaixada dos EUA na Coréia do Sul expressou seu apoio ao movimento Black Lives Matter com uma grande faixa do lado de fora de seu prédio enquanto protestos anti-racismo varrem os Estados Unidos.A embaixada dos Estados Unidos em Seul retirou na segunda-feira uma faixa em apoio ao movimento antirracista Black Lives Matter, para impedir que se acredite que a organização tenha apoio financeiro do governo federal. 

A faixa "mostra nosso apoio ao combate à injustiça racial e à brutalidade policial, enquanto nos esforçamos para ser uma sociedade mais inclusiva e justa", informou a embaixada no Facebook no sábado. 

No mesmo dia, o embaixador, Harry Harris, ex-oficial de alta patente da Marinha americana, afirmou estar convencido de que "a diversidade nos torna fortes", citando o ex-presidente John F. Kennedy.

Harris, americano de origem japonesa, declarou anteriormente aos funcionários da embaixada que se sentia "profundamente comovido com os atos que envolveram o assassinato brutal de George Floyd e suas consequências".

"Como americano de origem asiática, que cresceu no sul segregacionista dos anos 1960, nunca imaginei que isso aconteceria, sobretudo no século XXI", completou em uma mensagem. 

Citando uma fonte não identificada, a CNN disse que foi o secretário de Estado americanos, Mike Pompeo, quem pediu que a retirada da faixa. 

Além disso, a embaixada dos Estados Unidos em Seul removeu simultaneamente a bandeira arco-íris do movimento LGBTQ de sua fachada, outro símbolo contra a discriminação. 

Nesta terça-feira, uma grande faixa que recorda os 70 anos da Guerra da Coreia foi colocada na fachada da representação. 

O porta-voz da embaixada enfatizou que a retirada dos dois elementos "de maneira alguma diminui os princípios ou ideais expressos ao colocar a bandeira, e a embaixada buscará outras maneiras de transmitir os valores fundamentais americanos nesses tempos difíceis em nosso território".

Além disso, afirmou que o gesto buscava "evitar que as pessoas acreditem equivocadamente que os fundos públicos procedentes do contribuinte americano são gastos para beneficiar estas organizações".

Pompeo, que se declara cristão e se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, estabeleceu limites para a exibição da bandeira do arco-íris em algumas delegações diplomáticas americanas no ano passado. 

Em nenhum caso deve se hasteada no mastro dos edifícios oficiais, reservados à bandeira nacional.

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