Correio Braziliense
postado em 17/06/2020 12:14
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou na terça-feira (16/6) o objetivo de contribuir para a inscrição de mais quatro milhões de americanos nas listas eleitorais antes da eleição presidencial de novembro.
"Anunciamos na quarta-feira a maior campanha de informação sobre eleições na história americana. Nosso objetivo é ajudar quatro milhões de pessoas a se inscrever" nos registros oficiais, afirmou ele em uma coluna publicada no jornal "USA Today".
A rede social planeja oferecer a seus usuários um "novo centro de informações eleitorais (...) acima do segmento de atualizações do Facebook e do Instagram para que todos possam vê-lo", explicou.
"Globalmente, prevemos que mais de 160 milhões de pessoas nos Estados Unidos verão no Facebook, entre julho e novembro, informações de fontes confiáveis sobre o procedimento para votar nas eleições", projeta.
A inscrição nas listas eleitorais é um assunto crucial nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, uma vez que os membros de algumas comunidades desfavorecidas têm dificuldades, ou reservas, quanto a ver seu nome nas listas.
Zuckerberg também enfatizou seu interesse em enfrentar a desinformação e, neste sentido, conformou que bloqueará qualquer publicidade de meios de comunicação estrangeiros nas redes durante o período.
A partir de 24 de junho, os usuários da rede social poderão utilizar uma nova função que oferece a possibilidade de deixar de ver anúncios políticos.
"Em 2016, demoramos a identificar interferências estrangeiras em nossa plataforma", admitiu.
"A ameaça de interferência eleitoral é real e permanece atual, mas nossos sistemas estão mais preparados do que nunca. Desmantelamos mais de 50 redes de contas falsas em 2019 e removemos 18 este ano", acrescentou.
Em um artigo publicado no jornal britânico "Daily Telegraph", o diretor de Assuntos Públicos do Facebook, Nick Clegg, também confirmou que o grupo, acusado de ignorar a interferência estrangeira na campanha presidencial de 2016 que levou Trump ao poder, tem a intenção de bloquear a publicidade "das organizações de mídia controladas por um Estado em outros países".
O Facebook já havia anunciado em 4 de junho que analisava a proibição nas redes americanas de anúncios criados por meios de comunicação controlados financeira e editorialmente por um Estado.
Clegg indicou que, entre março e maio, o Facebook impediu a transmissão de "mais de 750 mil anúncios políticos direcionados aos Estados Unidos, porque o anunciante não completou o processo de autorização".
Segundo ele, o grupo agora conta com mais de 35 mil pessoas trabalhando em questões de segurança, três vezes mais do que há quatro anos.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.