Mundo

Abuso em presídios

Correio Braziliense
postado em 19/06/2020 04:05

Sete sírios denunciaram, ontem, à Justiça da Alemanha, denúncias de violações e abusos sexuais em centros de detenção do regime dek Bashar al-Assad. Segundo informações da ONG alemã ECCHR, o grupo é formado por vítimas e testemunhas dos crimes.
 
A acusação, que coincide com o primeiro julgamento no mundo contra os abusos supostamente cometidos pelas autoridades de Damasco, realizado em abril na Alemanha, aponta, principalmente, para nove funcionários do governo sírio e dos serviços de inteligência da Força Aérea. Entre eles, está Jamil Hassan, ex-comandante desse setor na Aeronáutica, muito próximo ao presidente sírio.
 
A Justiça alemã suspeita que ele tenha cometido “crimes contra a humanidade”. Os denunciantes — quatro mulheres e três homens — foram presos em diferentes centros dos serviços secretos da força aérea na capital síria e nas cidades de Aleppo e Hama.
 
Eles relataram que, entre abril de 2011 e agosto de 2013, foram vítimas ou testemunhas de tortura e violência sexual, como “estupros, choques elétricos nas genitálias, nudez forçada e até aborto forçado”.
 
Há três anos, os processos contra sírios responsáveis por atos de tortura nas masmorras do regime se multiplicaram em vários países europeus. Na Alemanha, que acolheu cerca de 800 mil sírios, a Justiça tem sido ativa diante das denúncias.

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