Correio Braziliense
postado em 20/06/2020 04:13
A Guerra da Secessão dos EUA terminou em 9 de abril de 1865, quando Robert Lee, chefe do Exército da Confederação, assinou a rendição. Foram necessários dois meses para que os escravos de Galveston, no Texas, fossem informados de que eram homens livres. Também em 19 de junho de 1865, o general Gordon Granger (foto), comandante das tropas da União, da sacada do casarão Ashton Villa, leu a ordem militar Juneteenth, assinada pelo major F. M. Emery, determinado a emancipação dos escravos. “O povo do Texas é informado que, de acordo com a proclamação do Executivo dos Estados Unidos, todos os escravos estão livres. Isso envolve uma igualdade absoluta de direitos pessoais e direitos de propriedade entre ex-mestres e escravos e a conexão, até então existente entre eles, torna-se a que existe entre empregador e trabalho contratado.”
Também por Juneteenth passou a ser conhecida a data histórica — contração da palavra junho e do número 19 em inglês. O presidente americano, Abraham Lincoln, tinha decretado a libertação dos escravos dois anos e meio antes, ao assinar, em 1º de janeiro de 1863 a proclamação da emancipação. Mas o Texas, que como território do sul fazia parte da Confederação, foi o último estado a libertar os escravos.
Segundo o site Juneteenth.com, as primeiras celebrações da emancipação ocorreram em Galveston, nos primeiros anos depois do fim da Guerra da Secessão. Em 1872, um grupo de ex-escravos comprou um terreno em Houston e fundou um parque batizado como “Emancipation Park” (Parque da Emancipação) para marcar a celebração do Juneteenth. Muitas dessas celebrações caíram no esquecimento no início do século 20, antes que houvesse um ressurgimento nas décadas de 1950 e 1960, durante a luta pelos direitos civis. O feriado do Juneteenth é comemorado em família e celebrações em igrejas.
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