Correio Braziliense
postado em 23/06/2020 04:05
Apesar de contar com o apoio de 50 países, o presidente autodeclarado da Venezuela, Juan Guaidó, encampa — ao menos na prática — uma batalha solitária contra o regime em Caracas. O presidente Nicolás Maduro ainda conta com respaldo da cúpula militar, acusada pela própria oposição venezuelana de corrupta e envolvida com o narcotráfico. As recentes declarações de Donald Trump são tudo o que Guaidó não contava. Elas enfraquecem não apenas sua liderança simbólica, como lhe golpeiam a credibilidade e fragilizam uma oposição praticamente inexistente.
Nos últimos dias, a Justiça venezuelana avalizou a intervenção em dois partidos políticos contrários ao Palácio de Miraflores: a Acción Democrática e o Primero Justicia. Ao todo, 11 legendas opositores — incluindo estas duas — anunciaram um boicote às eleições legislativas, sem data marcada. Em tese, abriram caminho para a supremacia madurista no Parlamento, catapultando no limbo a Assembleia Nacional. Sem o respaldo absoluto de Trump, a oposição fica praticamente à deriva. (RC)
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