Em audiência na Comissão de Comércio e Energia da Câmara dos Representantes, Robert Redfield — diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) — reconheceu que a covid-19 colocou os Estados Unidos “de joelhos” e admitiu que o país gastará cerca de US$ 7 trilhões “por causa de um pequeno vírus”. Na mesma comissão, Anthony Fauci, principal especialista em doenças infecciosas dos EUA, advertiu que “se o país não controlar a pandemia até o outono (primavera no Brasil), estará basicamente lidando com um incêndio florestal”.
Fauci afirmou que o presidente Donald Trump nunca lhe pediu que freasse os testes do novo coronavírus, após comentários do chefe de Estado americano neste sentido, que causaram alarme. “A nenhum de nós foi pedido que diminuíssemos o ritmo dos testes”, disse. Outras três autoridades sanitárias que assessoram a Casa Branca também responderam “Não”, sem hesitar, quando um deputado lhes perguntou se o presidente havia pedido que houvesse uma redução no ritmo dos testes.
Trump, que busca a reeleição em novembro, levantou uma onda de críticas no último sábado, quando, durante um ato de campanha em Tulsa, Oklahoma, disse que os testes são uma “faca de dois gumes”, pois, quanto mais são feitos, mais casos são encontrados. “Então, disse à minha gente: ‘Diminuam a velocidade dos testes.’”
Mais tarde, um funcionário da Casa Branca disse à AFP que Trump estaria brincando, o que incomodou ainda mais os críticos do presidente que insistiu em que seu comentário não foi uma piada. “Eu não brinco”, afirmou Trump a jornalistas. “Ao fazermos mais testes, encontramos mais casos”, reforçou, sugerindo que o alto número de testes é uma responsabilidade política durante um ano eleitoral. “Ter mais casos soa mal, mas na realidade o que acontece é que estamos descobrindo casos.”
Twitter censura Trump. Mais uma vez...
A Twitter ocultou um novo tuíte do presidente norte-americano, Donald Trump, porque considerou que ele “descumpriu” as regras relativas ao “comportamento abusivo” de ameaçar com o uso da força manifestantes na capital federal. A empresa sediada em San Francisco, que tinha marcado comentários de Trump como enganosos e promotores de violência, determinou, no entanto, que o novo tuíte de Trump “pode ser de interesse público”, e por isso permite aos seguidores do presidente lê-lo ao clicar no texto que o encobre. “Nunca haverá uma ‘Zona Autônoma’ em Washington DC enquanto eu for presidente. Se tentarem, enfrentarão uma grande força!”, escreveu o presidente, em meio a protestos que há semanas dominam o país contra a violência policial e o racismo. Trump fez alusão em seu tuíte à zona livre de polícia criada recentemente por manifestantes em Seattle, o que provocou indignação entre os conservadores. No fim de maio, o Twitter ocultou um tuíte de Trump sobre os protestos após a morte do afro-americano George Floyd por um policial branco, por considerar que fazia “apologia da violência”.
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