Correio Braziliense
postado em 26/06/2020 04:05
A pandemia do novo coronavírus atinge com força os Estados Unidos, com um aumento expressivo de casos no sul e oeste do país, e volta a golpear a Europa. Até o fechamento desta edição, os EUA registravam 2.416.727 casos da doença e 125.796 mortes (um quarto do total mundial). Entre quarta-feira e ontem, o país contabilizou 35,9 mil novos contágios, algo que não se via desde abril. Com a aceleração da transmissão, o Texas — um dos primeiros estados a promover o desconfinamento — recuou e impôs uma “pausa temporária”, depois de registrar mais de 5 mil novos casos por dois dias seguintes, e depois de o número de hospitalizações dobrar em apenas duas semanas. “Caso isso não seja contido nas próximas semanas, ficará totalmente fora de controle”, ressaltou o governador republicano do Texas, Greg Abbott.
O diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Robert Redfield, informou que entre 5% a 8% da população americana foi infectada, segundo projeção com base em testes sorológicos. Isso equivale a dez vezes os números oficiais e mostra que cerca de 24 milhões de pessoas teriam contraído o vírus no país.
Na Europa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o continente tem registrado, diariamente, cerca de 20 mil novos casos e 700 mortes pela covid-19. “Na semana passada, a região registrou um aumento no número de casos semanais pela primeira vez em meses. Em 11 países, a transmissão acelerada levou a um ressurgimento muito significativo que, se não for controlado, levará, novamente, ao limite os sistemas de saúde europeus”, afirmou o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, em Copenhague. Até ontem, o continente europeu contabilizava 194.758 vítimas fatais e 2.593.193 contágios. A Espanha registrou apenas três novas mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, mas monitora três surtos “de risco” que geram “preocupação”, segundo uma autoridade sanitária do país.
O Ministério da Saúde registrou, ontem, 28.330 mortos pela covid-19, três a mais do que no dia anterior e 11 adicionais à última semana. No entanto, as autoridades detectaram “surtos que estão sendo acompanhados com muito cuidado” e alguns deles “preocupam pelo volume”, disse Fernando Simón, diretor do centro de emergências de saúde adjunto ao Ministério. Dos 40 surtos detectados “nas últimas semanas”, “há três fundamentais” considerados “de risco”, disse Simon. Apesar da preocupação do governo com os surtos, o rei Felipe VI e a rainha Letícia visitaram a região de Palma de Mallorca.
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