Correio Braziliense
postado em 26/06/2020 04:06
Os cães são um dos animais que mais convivem com o homem, e especialistas tentam desvendar desde quando começou essa relação mais próxima. Um estudo internacional publicado na revista Science traz dados que podem ajudar a desvendar esse mistério. No trabalho, os especialistas mostram que os cães de trenó são mais velhos do que se imaginava.
Acreditava-se um cão siberiano com 9.500 anos de idade, chamado Zhokhov, seria um dos primeiros cachorros domesticados e a versão mais próxima de um cão de origem comum, com semelhanças compartilhadas com as raças atuais. De acordo com a nova pesquisa, porém, cães que, hoje, controlam os trenós, como os das raças husky siberiano e malamute do Alasca, compartilham a maior parte do seu genoma com Zhokhov.
%u201CExtraÃmos o DNA de um cachorro de 9.500 anos da ilha siberiana de Zhokhov. Com base nesse DNA, sequenciamos o genoma completo mais antigo de cães até o momento, e os resultados mostram uma diversificação extremamente precoce de cachorros em tipos de cães de trenó%u201D, explica, em comunicado, Mikkel Sinding, um dos autores do estudo e pesquisador do Globe Institute, na Dinamarca. %u201CAté agora, pensávamos que os cães de trenó tinham apenas de 2 a 3 mil anos%u201D, completa Shyam Gopalakrishnan, também autor do estudo.
Seguindo a investigação, a equipe sequenciou mais genomas de um lobo siberiano de 33 mil anos e de 10 cães de trenó da Groenlândia da atualidade. O material foi comparado ao DNA de cães e lobos de todo o mundo. %u201CConseguimos ver que os cães de trenós modernos têm a maioria de seus genomas em comum com o do Zhokhov. Portanto, eles estão mais intimamente relacionados a esse cão antigo do que a outros cães e lobos%u201D, explica Sinding. Mais estudos poderão ajudar no melhor entendimento sobre semelhanças entre as espécies caninas e a revelar em que momento os cães de trenó começaram a ter caracterÃsticas mais modernas.
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