Correio Braziliense
postado em 27/06/2020 04:05
Segunda-feira, 22
Supercomputador japonês é o mais rápido do mundo
Desenvolvido pelo instituto público de pesquisas japonês Riken, em associação com o grupo de informática também japonês Fujitsu, o supercomputador Fugaku foi reconhecido como o mais rápido do mundo. No topo do último ranking divulgado pelo site especializado Top500, Fugaku destronou o americano Summit, projetado pela IBM e instalado no Laboratório Nacional de Física Nuclear, em Oak Ridge (Tennessee). Summit foi o líder nas últimas quatro edições da seleção, realizada por esse site de referência e divulgado duas vezes ao ano. A velocidade do Fugaku (outro nome do monte Fuji em japonês) é aproximadamente 2,8 vezes maior do que a do americano, ou seja, de 415,53 contra 148,6 petaflops. Um pentaflop corresponde a um trilhão de operações por segundo. Fugaku, que alcançará 100% de seu rendimento em 2021, começou a ser usado para pesquisas sobre a covid-19.
Terça-feira, 23
ONU verifica recorde de calor no Ártico
A Organização Meteorológica Mundial das Nações Unidas (OMM) anunciou que está verificando relatos de que um recorde de 38°C foi registrado no Ártico no fim de semana passado. O registro foi aceito provisoriamente, mas o processo de verificação (condições de medição, precisão do material, etc.) levará tempo, de acordo com uma porta-voz da OMM, Clare Nullis. Esse possível recorde foi identificado na cidade russa de Verkhoiansk, na Sibéria, que passa por uma onda de calor que também causou incêndios. Essa região é conhecida por suas temperaturas extremas, tanto no inverno quanto no verão, explicou Nullis durante uma conferência de imprensa em Genebra, na Suíça. “Temperaturas acima de 30ºC em julho aqui não são incomuns, mas é evidente que 38ºC é excepcional”, declarou, descrevendo como “preocupante uma massa vermelha” mostrada por imagens de satélite da região. O Ártico é uma das regiões do mundo que aquece em maior velocidade, duas vezes mais rápido que a média mundial.
Quarta-feira, 24
Microplásticos no ecossistema terrestre da Antártica
Estudo publicado na revista Biology Letters mostra que os microplásticos poluem até os ecossistemas mais remotos, como a Antártica. Um grupo de cientistas encontrou fragmentos de poliestireno nas entranhas de colêmbolos, minúsculos artrópodes terrestres, na costa da Ilha King George. Trata-se de uma das regiões mais poluídas da Antártica, devido à presença de estações de pesquisa científica, de infraestrutura militar e de turismo. Essas micropartículas de plástico foram detectadas em organismos vivos em todos os oceanos do mundo, incluindo na Fossa das Marianas, no Pacífico, o local mais profundo do planeta. “Mas a poluição terrestre é, com frequência, esquecida”, observaram os autores do estudo. Os colêmbolos foram analisados por meio de imagens infravermelho, as quais permitiram detectar, de modo inequívoco, traços de poliestireno no intestino desses pequenos animais que podem saltar como pulgas.
Quarta-feira, 24
Nasa homenageia Mary Jackson
A Nasa vai mudar o nome de sua sede em Washington, numa homenagem à primeira engenheira afro-americana, Mary Jackson, que teve uma atuação brilhante na agência espacial dos Estados Unidos. “Mary W. Jackson fez parte de um grupo de mulheres muito importantes, que ajudaram a Nasa a enviar com sucesso astronautas americanos ao espaço”, disse Jim Bridenstine, administrador da agência, em um comunicado. Em 1951, Jackson iniciou carreira no organismo que antecedeu a Nasa. Sete anos depois, tornou-se engenheira aeronáutica da agência. Autora de vários estudos, sobretudo acerca de voos supersônicos, ela faleceu em 2005. O trabalho de Jackson e das matemáticas negras Katherine Johnson e Dorothy Vaughan, chave na conquista espacial americana, foi contado no filme Estrelas além do tempo.
Quinta-feira, 25
Mistério no espaço
Um objeto celeste, localizado a 800 milhões de anos-luz de distância da Terra, foi detectado usando ondas gravitacionais, de acordo com um estudo divulgado no The Astrophysical Journal Letters. Segundo a publicação, esse novo sinal detectado foi emitido quando se fundiu com um buraco negro. Com uma massa entre o menor buraco negro e a maior estrela de nêutrons, a natureza desse objeto permanece um mistério para os astrônomos. “Mais uma vez, a observação das ondas gravitacionais revela o desconhecido. O objeto mais leve desse sistema tem uma massa nunca antes observada”, disse Giovanni Losurdo, do Instituto Nacional de Física Nuclear italiano e porta-voz da Ligo Scientific Collaboration (LSC) em um comunicado. As ondas gravitacionais chegaram aos detectores americanos Ligo e europeu Virgo, na Itália, em 14 de agosto de 2019.
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