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Vítimas de Weinstein receberão quase 19 milhões de dólares

Os pagamentos são resultado de uma demanda apresentada contra o ex-produtor de cinema que atualmente cumpre uma pena de 23 anos de prisão

Correio Braziliense
postado em 01/07/2020 08:53
Nesta foto de arquivo tirada em 24 de fevereiro de 2020, Harvey Weinstein chega ao Tribunal Penal de Manhattan, na cidade de Nova York.Várias mulheres que sofreram assédio e agressão sexual quando trabalhavam para Harvey Weinstein, condenado por estupro e outras acusações em fevereiro, receberão quase 19 milhões de dólares no âmbito de uma ação coletiva, anunciou a procuradora-geral de Nova York.

Os pagamentos, que devem ser aprovados por dois tribunais, são o resultado de uma demanda apresentada contra o ex-produtor de cinema - que atualmente cumpre uma pena de 23 anos de prisão - e o estúdio The Weinstein Company. 

"Harvey Weinstein e The Weinstein Company falharam com suas funcionárias. Depois de todo o assédio, ameaças, discriminação e discriminação de gênero, estas sobreviventes finalmente receberão algo de justiça", afirmou a procuradora Letitia James em um comunicado.

O processo estabelece que Weinstein "pediu o forçou funcionárias mulheres a estabelecer contatos sexuais não desejados para manter seus empregos ou avançar em suas carreiras".

Um advogado de várias vítimas de Weinstein criticou o acordo proposto.

Douglas Wigdor - que tem entre suas clientes Tarale Wulff, uma garçonete que afirmou no julgamento de Weinstein que foi estuprada no apartamento de Nova York do ex-produtor em 2005 - descreveu o acordo como uma "completa traição".

Ele disse que, pelo acordo, Weinstein "não aceita responsabilidade por suas ações" e não pagará com seu próprio dinheiro.

Wigdor também afirmou que a proposta impede as vítimas que não desejam aceitar o acordo de buscar outras vias de compensação e que, portanto, vai contestar o mesmo no tribunal.

A declaração da procuradora-geral não menciona um acordo de 25 milhões de dólares alcançado com dezenas de mulheres em dezembro.

Weinstein foi declarado culpado em fevereiro por ato sexual criminoso e estupro, em um veredicto chave para o movimento #MeToo.

A sentença anunciada no mês seguinte representou a queda definitiva do ex-produtor de cinema de 68 anos, que foi acusado de comportamento sexual agressivo por quase 90 mulheres, incluindo as atrizes Angelina Jolie e Salma Hayek.

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