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Argélia recupera restos de 24 combatentes mortos na colonização francesa

Reivindicados há anos pela Argélia, esses restos mortais estavam conservados nas coleções do Museu Nacional da História Natural na França

A Argélia recuperará os restos de 24 combatentes argelinos mortos no século XIX durante a colonização francesa, anunciou nesta quinta-feira (2) o presidente do país, Abdelmadjid Tebboune, durante uma cerimônia militar.

"Aviões militares argelinos vindos da França levam a bordo restos de 24 combatentes", disse o presidente argelino, em uma cerimônia de graduação e medalhas a oficiais do Exército Nacional Popular (ANP).

Trata-se "dos restos de 24 chefes da Resistência Popular que foram privados de seu direito natural e humano de ser enterrados há mais de 170 anos", acrescentou Tebboune.

Entre os combatentes, está o xeque Bouziane, chefe da rebelião de Zaâtcha (leste da Argélia) em 1849. Capturado pelos franceses, foi fuzilado e decapitado.

Também são citados os nomes de Bou Amar Ben Kedida e Si Mokhtar Ben Kouider Al Titraoui, todos considerados mártires dos primeiros tempos da resistência à colonização francesa.

Reivindicados há anos pela Argélia, esses restos mortais estavam conservados nas coleções do Museu Nacional da História Natural na França.

Durante uma visita a Argel, em 6 de dezembro de 2017, o presidente Emmanuel Macron se comprometeu a devolver os restos.