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Argélia recupera restos de 24 combatentes mortos na colonização francesa

Reivindicados há anos pela Argélia, esses restos mortais estavam conservados nas coleções do Museu Nacional da História Natural na França

Correio Braziliense
postado em 03/07/2020 16:46
Reivindicados há anos pela Argélia, esses restos mortais estavam conservados nas coleções do Museu Nacional da História Natural na FrançaA Argélia recuperará os restos de 24 combatentes argelinos mortos no século XIX durante a colonização francesa, anunciou nesta quinta-feira (2) o presidente do país, Abdelmadjid Tebboune, durante uma cerimônia militar.

"Aviões militares argelinos vindos da França levam a bordo restos de 24 combatentes", disse o presidente argelino, em uma cerimônia de graduação e medalhas a oficiais do Exército Nacional Popular (ANP).

Trata-se "dos restos de 24 chefes da Resistência Popular que foram privados de seu direito natural e humano de ser enterrados há mais de 170 anos", acrescentou Tebboune.

Entre os combatentes, está o xeque Bouziane, chefe da rebelião de Zaâtcha (leste da Argélia) em 1849. Capturado pelos franceses, foi fuzilado e decapitado.

Também são citados os nomes de Bou Amar Ben Kedida e Si Mokhtar Ben Kouider Al Titraoui, todos considerados mártires dos primeiros tempos da resistência à colonização francesa.

Reivindicados há anos pela Argélia, esses restos mortais estavam conservados nas coleções do Museu Nacional da História Natural na França.

Durante uma visita a Argel, em 6 de dezembro de 2017, o presidente Emmanuel Macron se comprometeu a devolver os restos.

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