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Acordo internacional reduz preço de medicamento para tratar tuberculose

Em 2018, 10 milhões de pessoas contraíram a doença em todo o mundo, dos quais 1,5 milhão morreu

O laboratório americano Johnson & Johnson anunciou que a partir desta segunda-feira reduzirá o preço da bedaquilina, um medicamento usado no tratamento da tuberculose, em 15%, respondendo a um pedido antigo feito por diferentes ONGs.

No final de 2012, a bedaquilina (Sirturo, nome comercial) chegou para fortalecer o arsenal terapêutico disponível contra a tuberculose, depois de receber autorização da Agência de Medicamentos dos Estados Unidos (FDA).

Também se tornou o primeiro medicamento para tuberculose aprovado em 40 anos.

O grupo Johnson & Johnson disponibilizará a bedaquilina à associação internacional Halte contra a tuberculose, a um preço de US$ 340 (cerca de 300 euros) para tratamentos com duração de seis meses em 135 países, contra US$ 400 anteriormente.

O objetivo desta "iniciativa tem como alvo pelo menos 125.000 pacientes (em 2020) e permitiria que programas nacionais em países de baixa e média renda economizassem até US$ 16 milhões", disse Halte em comunicado.

Essa redução, reivindicada pelas ONGs, "permitiria que mais pessoas afetadas pela tuberculose e resistentes a vários medicamentos acessassem esse tratamento", afirmou a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) em comunicado. 

A MSF especificou que o acordo reduzirá o preço da bedaquilina para US$ 1,50 por dia, uma quantia que considera ainda muito alta. No ano passado, lançou uma campanha internacional para instar o laboratório americano a reduzir o preço para US$ 1 por dia em países de baixa e média renda. 

A tuberculose é transmitida pelo ar e é uma das dez principais causas de morte no mundo, segundo a OMS.

Em 2018, 10 milhões de pessoas contraíram a doença em todo o mundo, dos quais 1,5 milhão morreu (incluindo 251.000 portadores de HIV).