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Rússia promete retaliar sanções anunciadas pelo Reino Unido

A embaixada russa em Londres denunciou essas sanções e as considerou uma maneira de "pressionar os Estados soberanos"

Correio Braziliense
postado em 07/07/2020 08:26
Porta-voz da presidência russa, Dmitry PeskovMoscou, Rússia - A Rússia vai responder às sanções "hostis" de Londres contra 49 pessoas e organizações, 25 delas russas, no âmbito de um novo mecanismo destinado a punir violações dos direitos humanos - disse o Kremlin nesta terça-feira (7).

"Só podemos lamentar essas medidas hostis", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov. "Evidentemente, o princípio da reciprocidade será aplicado", afirmou.

A lista de entidades, cujos ativos serão congelados, inclui 25 russos acusados da morte do advogado Sergey Magnitsky em 2009. Entre eles, está Alexandre Bastrykin, chefe do poderoso Comitê de Investigação, responsável pelos principais casos criminais.

A embaixada russa em Londres denunciou essas sanções e as considerou uma maneira de "pressionar os Estados soberanos", já que juízes e investigadores russos trabalham "com independência do Poder Executivo".

As relações entre Londres e Moscou se deterioraram nos últimos anos, devido às guerras na Síria e ao conflito na Ucrânia. Londres acusa Moscou de envenenar o ex-agente russo Sergei Skripal e sua filha na Inglaterra em 2018, acusações rejeitadas pela Rússia.

As sanções também afetam 20 sauditas suspeitos de envolvimento no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em Istambul, em 2018, anunciou o ministro britânico das Relações Exteriores, Dominic Raab.

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Completando a lista, estão dois generais birmaneses de alto escalão, "envolvidos na violência sistemática e brutal contra o povo rohingya e outras minorias étnicas" e "duas organizações envolvidas em trabalho forçado, tortura e assassinato, que acontecem nos 'gulags' da Coreia do Norte", detalhou o Ministério das Relações Exteriores.

Com esse novo mecanismo de sanções, as autoridades britânicas querem "impedir que pessoas envolvidas em graves violações de direitos humanos entrem no Reino Unido" e movimentem dinheiro através de seus bancos, disse Raab.

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