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Tubo de ensaio

Fatos científicos da semana

Correio Braziliense
postado em 11/07/2020 04:14
Fatos científicos da semana

Segunda-feira, 6
Peixe gigante de 70 milhões de anos

Paleontólogos argentinos anunciaram a descoberta de um fóssil de um peixe gigante de 70 milhões de anos, que habitou os mares da Patagônia no fim do período Cretáceo. Segundo os especialistas, o animal, que passava de seis metros de comprimento, pertence ao gênero Xiphactinus. “Os fósseis desse animal carnívoro de dentes pontiagudos e de aparência temerária foram encontrados nas imediações do Lago Colhué Huapial, ao sul da província de Chubut”, destacaram os paleontólogos sobre a descoberta, divulgada recentemente na revista científica Alcheringa: An Australasian Journal of Palaeontology. Inicialmente, havia registros de Xiphactinus apenas no Hemisfério Norte, mas, há poucos anos, encontrou-se um exemplar na Venezuela. A região patagônica é um dos maiores reservatórios mundiais de fósseis de dinossauros e de outras espécies pré-históricas.


Terça-feira, 7
Redução de temperaturas vai demorar décadas

Estudo publicado na Nature Communications prevê que, ainda que o planeta reduza drasticamente as emissões de gases de efeito estufa, o impacto no aquecimento só poderá ser visível dentro de 30 anos. Em decorrência da atividade humana, o mundo aqueceu-se pelo menos 1 ºC desde a era pré-industrial, multiplicando catástrofes climáticas. Para frear essa situação, países assinaram o Acordo de Paris, pelo qual se comprometeram a reduzir suas emissões e limitar o aumento de temperatura a 2ºC e, se possível, a 1,5ºC. O pacto não está sendo honrado, mas, mesmo se observado, os resultados não serão visíveis até meados do século. “A mudança climática pode ser comparada a um navio de contêineres que navega em alta velocidade no meio de grandes ondas. Se você quiser desacelerar, pode ativar a marcha ré, mas levará tempo para perceber que ele desacelera”, comparou Bjorn Samset, do centro norueguês de pesquisas climáticas Cicero. Assim, a queda nas emissões afetaria imediatamente as concentrações de CO2 na atmosfera, mas não o aumento das temperaturas.


Quarta-feira, 8
Etanol produzido de resíduos vegetais

Uma equipe de cientistas da Universidade de Tel Aviv desenvolveu uma técnica simples e de baixo custo para produzir etanol de resíduos vegetais tratados com ozônio. A iniciativa foi uma resposta ao aumento da demanda por álcool para uso médico, devido à pandemia de coronavírus. Há cinco anos, Hadas Mamane, que dirige o programa ambiental da universidade, trabalha na reciclagem de resíduos, transformando-os em álcool. A pandemia do novo coronavírus aumentou a demanda por gel hidroalcoólico para desinfetar as mãos e levou sua pesquisa para a transformação de resíduos em etanol, usado na fabricação do gel. A técnica, que consiste em injetar pequenas doses de ozônio, permite reduzir os recursos necessários para transformar os resíduos em álcool e, por isso, é mais barata. “Conseguimos demonstrar que é possível produzir etanol com um processo simples, que respeita o meio ambiente e que não gera toxinas”, disse a pesquisadora.


Quinta-feira, 9
DNAs cruzados há centenas de anos

Indígenas da América do Sul e polinésios atravessaram as milhares de milhas náuticas que os separavam por volta do ano 1200, conforme evidencia o DNA presente nas populações de hoje. Os especialistas não sabem, entretanto, se foram os povos do que hoje é Colômbia e Equador que navegaram até as pequenas ilhas da Polinésia, no Pacífico, ou se foram os polinésios que fizeram a viagem de ida e volta para a América do Sul. Um dado é certo, asseveram os pesquisadores: o encontro ocorreu vários séculos antes dos europeus desembarcarem nas duas regiões e de o Novo Mundo deixar seus traços no DNA da população da Polinésia francesa. “Essas descobertas mudam nossa compreensão de um dos capítulos mais desconhecidos da história das grandes expansões continentais de nossa espécie”, disse Andreas Moreno-Estrada, do Laboratório Nacional de Genômica da Biodiversidade do México.


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