Correio Braziliense
postado em 16/07/2020 19:37
Internautas brasileiros debateram o que seria uma postura controversa do Google Maps: a Palestina teria sido tirada dos mapas apresentados pelo aplicativo e navegadores no último dia 14 de julho. Entretanto, o serviço de geolocalização, que está entre os mais usados no mundo, jamais chegou a colocar o nome do território em suas plataformas.
Para entender a confusão, é preciso voltar a 2016, quando o assunto surgiu pela primeira vez. Na época, o jornal inglês The Guardian conversou com um porta-voz da Google que confirmou que o rótulo “Palestina” nunca esteve na plataforma. O texto relata ainda a descoberta de um bug que apagou os nomes da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, mas o erro foi corrigido no mesmo ano.
A equipe do Google ainda argumentou que a área da Palestina era demarcada com linhas tracejadas para indicar que aquele é um dos “Territórios Disputados”, expressão que nomeia um grupo de lugares reconhecidos pela empresa como alvo de disputas geográficas e com questões de identidade nacional. Além da Palestina, a área da Crimeia também é circundada pelas linhas descontinuadas.
A reportagem do Correio apurou que os padrões de marcação do território palestino seguem idênticos aos de 2016, sem a marcação do rótulo e com a linha tracejada – antes e depois do dia 14 de julho. Mas por que então o assunto voltou a ser comentado quatro anos depois? É aí que entra o segundo complicador: um post do perfil oficial da Embaixada da Palestina no Facebook.
À primeira vista, o texto, que fala explicitamente da retirada do rótulo Palestina em 14 de julho, parece um comunicado feito pela própria embaixada. Entretanto, um observador mais atento nota um link logo abaixo da nota, indicando que ela é uma tradução do material postado pelo site inglês The Word. O Correio não obteve resposta da Embaixada para verificar se tinham conhecimento do equívoco, no entanto, a publicação original foi apagada.
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