Correio Braziliense
postado em 18/07/2020 04:19
Argentina flexibiliza isolamento
O governo da Argentina anunciou, ontem, a flexibilização do confinamento na região metropolitana de Buenos Aires. A capital do país retoma as atividades, de modo gradual, a partir de segunda-feira. Em Buenos Aires e periferia, serão reabertos o comércio não-essencial e indústrias, e serão permitidas algumas atividades profissionais, além de saídas esportivas e cultos limitados em templos religiosos, anunciaram o prefeito Horacio Larreta e o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, em entrevista coletiva com o presidente Alberto Fernández (foto). “Estamos muito longe de termos superado a situação. O risco é latente”, assinalou Fernández. “O esforço que fizemos permite que nos mostremos como um dos países com menor número de mortos.” Com uma população de 44 milhões de habitantes, a Argentina soma 114.783 casos de covid-19, com 2.133 mortos.
China descobre novo surto
A China anunciou pelo menos cinco novos casos de covid-19 em Xinjiang, uma vasta região no noroeste do país, onde vive a minoria muçulmana uigur em particular, levantando temores de um ressurgimento dos contágios. Primeiro país a ser afetado pelo vírus, no fim de 2019, a China conseguiu, desde então, conter a disseminação do vírus de forma considerável. Nas últimas semanas, registra-se alguns novos casos a cada dia. Xinjiang é um território semidesértico na fronteira com a Ásia Central, onde vivem 25 milhões de pessoas. Pouco menos da metade pertence à minoria uigure, predominantemente muçulmana e que fala um idioma semelhante ao turco. Ao menos cinco novos casos de COVID-19 foram descobertos em Urumqi, a capital regional. Em Wuhan, capital da província de Hubei e foco da covid-19, os estudantes retomaram as aulas no último dia 10 (foto).
Infecções disparam na Suécia
Depois de não confinar a população e de manter bares e restaurantes (foto) abertos, a Suécia enfrenta um número quase recorde de novos casos da covid-19 na União Europeia (UE). As autoridades, no entanto, garantem que a epidemia está em declínio. Entre os 27 países-membros da UE, a Suécia se destacou nas últimas duas semanas por alcançar o segundo lugar, atrás do Luxemburgo, na lista de novos casos registrados por milhão de habitantes, segundo dados compilados pela agência France-Presse. Hoje, a Suécia tem uma taxa de novas infecções seis vezes maior que a média da UE e próxima à dos Bálcãs, o foco europeu mais ativo atualmente. Segundo estimativas oficiais, quase um habitante de Estocolmo em cada cinco possui anticorpos, uma proporção mais alta que a de outros países, apesar do fato de a Suécia sempre ter negado a busca da imunidade coletiva.
Filha caçula de Mandela é sepultada
Zindzi Mandela (E), a filha mais nova do ex-presidente Nelson Mandela (C) e vítima mais conhecida do novo coronavírus na África do Sul, foi enterrada, ontem, em Joanesburgo. Seu filho Zondwa Mandela contou que a mãe, de 59 anos, testou positivo para a covid-19 e morreu no mesmo dia, na segunda-feira passada, em um hospital de Joanesburgo. Em uma oração fúnebre na noite de quinta-feira, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, “agradeceu à família Mandela por este gesto muito importante de compartilhar esta informação com a nação”. “Isso também leva os doentes (de coronavírus) a serem aceitos pela sociedade”, completou. Até o fechamento desta edição, a África do Sul — o país mais afetado pela pandemia no continente africano — contabilizava 337.594 casos de infecção e 4.804 mortes. Mais de 165,5 mil pessoas conseguiram se recuperar da covid-19.
Índia supera mais de 1 milhão de casos
A Índia ultrapassou o marco de 1 milhão de casos do novo coronavírus, enquanto as autoridades locais aumentam as restrições sanitárias e ordenam medidas de confinamento para conter a propagação da pandemia. Terceiro país do mundo em número de infecções registradas, atrás dos Estados Unidos e do Brasil, o gigante asiático registrou até esta sexta-feira 25.602 mortes e 1.003.832 casos confirmados desde o início da pandemia, apontam dados oficiais publicados pelo Ministério da Saúde. O segundo país mais populoso do planeta registrou cerca de 35 mil infecções casos e 700 óbitos atribuídas ao novo coronavírus entre quinta-feira e ontem. Por iniciativa dos governos regionais, nas últimas semanas foram ordenadas medidas de reconfinamento e restrições sanitárias em todo país, de 1,3 bilhão de habitantes. Os 125 milhões de moradores do estado de Bihar (norte) foram reconfinados na quinta-feira.
Israel volta a impor restrições
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrenta críticas cada vez mais duras e protestos (foto) devido ao ressurgimento da epidemia no país, que levou o governo a restabelecer restrições. Para “evitar um confinamento geral devido ao forte aumento da mortalidade vinculada ao coronavírus”, o gabinete do primeiro-ministro e o Ministério da Saúde anunciaram que a maioria dos comércios não-essenciais e locais públicos deverão fechar neste fim de semana, até nova ordem. De ontem à noite até amanhã de manhã, “lojas (consideradas não essenciais), shopping centers, salões de beleza, bibliotecas, zoológicos, museus, piscinas, atrações turísticas e os bondes estão fechados”, indicaram em comunicado. “Qualquer violação dessas restrições será considerada crime”, acrescentou. Netanyahu já enfrentou outras crises, mas desta vez parece cambalear diante da causada pela pandemia.
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