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Rainha reaparece para condecorar capitão

Elizabeth II deixa o isolamento para homenagear veterano de guerra que deu mais de 100 voltas em seu jardim e angariou 32 milhões de libras contra a covid-19 no país

Correio Braziliense
postado em 18/07/2020 04:20
A monarca e o condecorado não usaram máscaras durante a cerimônia que tornou Tom Moore cavaleiro real

 

A rainha Elizabeth II interrompeu brevemente, ontem, seu isolamento para prestar uma homenagem ao capitão Tom Moore, um veterano centenário da Segunda Guerra Mundial que constituiu um fundo milionário para o combate à pandemia do novo coronavírus. Em uma cerimônia ao ar livre, nos jardins do Castelo de Windsor, onde está recolhida desde a segunda quinzena de março, a monarca concedeu a Moore o título de cavaleiro real.

 

A partir de agora, ele será tratado como Sir Tom Moore. A condecoração do veterano foi uma deferência de Elizabeth II ao capitão. Todos os eventos de entrega de títulos de honra que ocorreriam no Palácio de Buckingham, em Londres, entre junho e julho, foram adiados por causa do surto da covid-19, mas a rainha resolveu abrir uma exceção a Moore, que ganhou a simpatia dos britânicos.

Em abril, poucos dias antes de completar seu centésimo aniversário, o veterano de guerra prometeu dar 100 voltas no jardim de sua casa em uma campanha para que os britânicos doassem dinheiro ao NHS, o sistema público de saúde. Cada volta no jardim tinha cerca de 25 metros, e ele precisou recorrer ao seu andador para completar o desafio.

 

Ao fim das 100 voltas, Moore disse que resolveu encarar a tarefa para mostrar aos britânicos que era preciso acreditar que “o sol iria brilhar de novo”. Com a iniciativa, ele conseguiu arrecadar 32 milhões de libras (o equivalente a R$ 215 milhões) para o serviço de saúde britânico.

 

O protocolo ressaltou ter observado as normas de distanciamento social e as demais medidas de proteção contra o novo coronavírus. No entanto, no momento da concessão do título, a rainha, de 94 anos, e Moore não usaram máscaras.

 

Agradecimento

 

Moore foi ao castelo acompanhado da filha, do genro e de dois netos. “Muito obrigado. Que quantia incrível de dinheiro você conseguiu”, disse, sorridente, a rainha ao agora sir Tom. Elizabeth usou a espada que pertencia ao seu pai, o rei George VI, durante a cerimônia.

 

“Eu nunca poderia imaginar que isso aconteceria comigo”, ressaltou Moore, em mensagem postada numa rede social, antes da cerimônia. “É uma honra tão grande. Estou ansioso por conhecer Sua Majestade. Será o dia mais especial para mim”, acrescentou.

 

A ideia da condecoração partiu do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que afirmou que Moore “nos trouxe uma luz em meio à neblina do coronavírus”.

 

Essa foi a primeira aparição pública oficial de Elizabeth II desde que ela se recolheu ao castelo de Windsor, com o marido, o príncipe Felipe, de 98 anos, por causa da pandemia. Antes, ela havia sido vista em 31 de maio, andando a cavalo pela propriedade real, situada no condado de Berkshire, no sudeste da Inglaterra. 

 

» Casamento discreto

A princesa Beatriz, neta da rainha Elizabeth II e filha do príncipe Andrew, casou-se, ontem, com o empresário italiano Mapelli Mozzi em uma cerimônia privada em Windsor. Iniciamente agendadas para 29 de maio, em Londres, as bodas foram adiadas devido à pandemia de coronavírus. O casamento ocorreu na Capela Real de Windsor, na presença da rainha Elizabeth II, do príncipe Philip e da família da noiva. Beatriz, 31 anos, é filha de Andrew, o segundo filho da monarca, e de Sarah Ferguson. Edoardo Mapelli Mozzi, de 37, é um magnata do setor imobiliário. Andrew foi obrigado, recentemente, a abandonar seus deveres reais depois de uma entrevista em que defendeu sua amizade com o financista americano Jeffrey Epstein, acusado de ter explorado sexualmente jovens menores de idade por anos e que cometeu suicídio na prisão. 

 

 

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