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Fatos científicos da semana

Correio Braziliense
postado em 18/07/2020 04:20
Fatos científicos da semana
» Segunda-feira, 13
Descobertas ruínas de antigo palácio asteca

O governo mexicano anunciou a descoberta de vestígios de um antigo palácio asteca, sede de acontecimentos cruciais da conquista do país, como a morte do monarca Montezuma. As ruínas foram localizadas sob um emblemático edifício do centro da capital. O edifício Nacional Monte de Piedad, histórica casa de penhores em plena praça central da Cidade do México, escondia pisos de lajes de basalto correspondentes a um espaço aberto do Palácio de Axayácatl, sexto tlatoani (governador asteca) de Tenochtitlan entre 1469 e 1481, pai de Moctezuma. Na incursão arqueológica também foram encontradas ruínas da primeira casa do conquistador espanhol Hernán Cortés, que, em seguida, foi usada como primeira administração local da Nova Espanha e sede do marquesado do Vale de Oaxaca, detalhou o Instituto Nacional de Antropologia e História do México (Inah). A descoberta foi possível graças a obras de reforço da base do Monte de Piedad, erguido em 1755, e que envolveram a escavação de 12 poços de sondagem.




» Terça-feira, 14
Microplásticos do tráfego rodoviário nos oceanos

Estudo publicado na Nature Communications mostra que os microplásticos liberados do transporte rodoviário podem poluir os oceanos tanto quanto os dos rios. É a primeira vez que um trabalho se dedica a estimar a quantidade de plástico do tráfego rodoviário (fricção de pneus e uso de freios) que se dispersa no ar e decanta em outros lugares graças às correntes atmosféricas. Os pesquisadores avaliaram a quantidade dessas partículas derivadas da indústria do petróleo (etileno, propileno), produzida pelo transporte rodoviário, combinada com simulações de circulação atmosférica. Segundo eles, um terço desses microplásticos (entre 40 mil e 100 mil toneladas) acaba no oceano a cada ano, contra 65 mil toneladas de microplásticos despejados no mar pelos rios. No entanto, eles observam uma falta de dados para validar seus modelos. As emissões microplásticas do tráfego rodoviário provêm principalmente da América do Norte, Europa e Sudeste Asiático. Segundo o estudo, uma porção significativa dessa poluição atmosférica, provavelmente, acabará no Ártico.



» Quarta-feira, 15
Forte aumento de emissões de metano

As emissões globais de metano, um gás de efeito estufa muito mais potente do que o CO2, aumentaram 9% entre 2006 e 2017, devido sobretudo ao setores energético e agrícola. Essa é a conclusão de um estudo realizado por mais de 100 pesquisadores internacionais sob a égide do Projeto Global do Carbono. De acordo com o levantamento, 40% das emissões têm origem natural (áreas pantanosas sobretudo) e cerca de 60% se devem a atividades humanas. O metano é o segundo maior gás de efeito estufa de origem antrópica (relacionada com ações dos homens), depois do dióxido de carbono (CO2), mas seu efeito no aquecimento global é 28 vezes maior por quilograma em um prazo de 100 anos. “Se quisermos responder ao Acordo de Paris, não devemos nos contentar em limitar as emissões de dióxido de carbono, é preciso reduzir também as de metano”, adverte Marielle Saunois, do Laboratório de Ciências Climáticas e Ambientais, que coordenou o estudo.



» Quinta-feira, 16
Mobilização contra testes nucleares

Renomados cientistas que atuam nos Estados Unidos pediram ao presidente Donald Trump que não retome as experiências com armas nucleares, alegando que isso poderia aumentar o risco de uma guerra atômica. Em uma carta por ocasião do 75º aniversário do primeiro teste de uma bomba atômica em 1945, cerca de 70 cientistas, incluindo meia dúzia de ganhadores do Nobel, questionaram os possíveis planos do republicano de suspender uma moratória de 28 anos em testes nucleares. “Isso poderia aumentar o perigo de uma nova corrida armamentista, bem como de uma guerra nuclear involuntária ou intencional”, destacou a carta, publicada na revista Science. O jornal Washington Post informou, no fim de maio, que o governo Trump havia discutido a possibilidade de realizar testes como mensagens de aviso para a Rússia e a China, ambas potências nucleares.





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