Correio Braziliense
postado em 20/07/2020 12:10
Um homem executou no domingo o filho de 20 anos de uma juíza federal de origem hispânica responsável por sentenças em casos de alto perfil, além de ferir seu marido, no estado americano de Nova Jersey - informaram autoridades e a imprensa local nesta segunda-feira (20/7).
O escritório da Polícia Federal americana (FBI) em Newark disse que está investigando o homicídio registrado ontem à tarde, na casa da juíza Esther Salas, em North Brunswick, em Nova Jersey, a poucos quilômetros da cidade de Nova York.
Segundo a rede CNN, o filho da juíza atendeu a porta e recebeu um tiro no coração por um homem que estava com o rosto coberto. O agressor estava vestido como um funcionário da empresa de entrega rápida FedEx. Ele fugiu logo depois.
A juíza estava em casa na hora do crime, mas não foi ferida, conforme a imprensa local.
Esther Salas, de 51 anos, descendente de cubanos, foi a primeira juíza federal latino-americana no estado de Nova Jersey, indicada como juíza distrital em Newark, em 2010, pelo então presidente Barack Obama.
Seu marido, Mark Anderl, de 63, é um conhecido advogado criminalista. Ele se encontra internado em condição crítica, mas estável, disse o prefeito de North Brunswick, Francis Womack, aos repórteres.
Na última quinta-feira, Salas foi designada para conduzir a ação coletiva contra o Deutsche Bank movida por investidores que compraram ações do banco entre 2017 e 2020. Os demandantes alegam que a instituição não monitorou o suficiente clientes considerados de alto risco. Entre eles, o falecido financista Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de menores. Epstein se suicidou na prisão há um ano.
Salas condenou Teresa Giudice, uma das protagonistas da série de televisão "Real Housewives of New Jersey", a um ano de prisão por fraude, e seu marido, Giuseppe Giudice, a 41 meses de prisão.
Em 2018, ela condenou o líder de gangue Farad Roland, do cartel South Side, uma das mais violentas de Newark, a 45 anos de prisão.
"A juíza Salas e sua família estão em nossos pensamentos neste momento, em que tentam assimilar esse ato sem sentido. Essa tragédia é o último lembrete de que a violência por armas continua sendo uma crise em nosso país e que nosso trabalho para garantir a segurança da comunidade não terminou", afirmou o governador de Nova Jersey, Phil Murphy, em um comunicado.
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