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OMS está preocupada pela aceleração da pandemia na África

A África é o segundo continente menos atingindo, com 15.100 mortes, atrás apenas da Oceania

Correio Braziliense
postado em 20/07/2020 15:27
A África é o segundo continente menos atingindo, com 15.100 mortes, atrás apenas da OceaniaA Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta segunda-feira (20) que está preocupada com a "aceleração" da pandemia de COVID-19 no continente africano, até agora um dos menos afetados.

"Estou muito preocupado pelo fato de que começamos a ver uma aceleração da doença na África, e todos devemos tomar isso com muita seriedade e mostrar solidariedade", declarou o diretor de emergências sanitárias da OMS, Michael Ryan, em uma coletiva de imprensa em Genebra, Suíça.

A África é o segundo continente menos atingindo, com 15.100 mortes, atrás apenas da Oceania, segundo os dados da AFP com base em fontes oficiais.

A África do Sul é o país mais golpeado pela pandemia no continente, já que atingiu no domingo a marca de 5 mil mortes.

"África do Sul corre o risco de ser um precursor do que o resto da África irá passar", alertou Ryan, que argumentou que o país registrou "seus primeiros casos há muito tempo".

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Ryan explicou que a doença havia se propagado nas regiões mais ricas da África do Sul antes de se propagar de forma mais ampla "nas regiões mais pobres, nos municípios e nas zonas rurais". 

Mesmo com a aceleração da pandemia na África do Sul, com uma progressão de 30% durante a semana passada, não está sendo "mais rápida" que em muitos outros países do continente, disse o responsável da OMS.

Da mesma forma, citou, a progressão alcançada em 31% do Quênia, 26% da Etiópia, 50% em Madagascar, 57% na Zâmbia, 69% em Namíbia e 66% em Botsuana.

O número total de casos nestes países segue sendo baixo por enquanto, "creio que estamos iniciando uma aceleração contínua da transmissão em vários países da África subsaariana", explicou.

"No momento em que a África do Sul vive um acontecimento muito, muito grave, creio que é realmente um sinal de que o continente poderá enfrentar se não forem tomadas medidas urgentes", concluiu.

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