Correio Braziliense
postado em 22/07/2020 14:24
A embaixada de Israel transmitiu uma apresentação da tenente-coronel Sarit Zehavi, fundadora do centro de inteligência Alma research and education center, alertando para o risco de conflitos bélicos na fronteira com a Síria, envolvendo o exército israelense, integrantes do grupo Hezbollah, e militares daquele país. O briefing com jornalistas de todo o mundo ocorreu na manhã desta quarta-feira (22/7).A temperatura na região, próxima à cidade síria de Marun A-Rus tem aumentado à medida que, de acordo com Sarit Zehavi, o Hezbollah e o exército sírio tem cooperado. O Hezbollah utiliza as torres militares do exército sírio, drones para percorrer a região de fronteira, e tem escavado túneis, e a região ostenta bandeiras do grupo paramilitar palestino, da própria Síria e, também, do Irã.
Israel considera as ações como ameaças, e há o temor da presença de invasores em cidades israelenses próximas da região e de ataques terroristas. Sarit Zehavi afirma que invasores já cruzaram a fronteira diversas vezes. Nesta terça (21), o Exército Israelense fez uma incursão em território Sírio e dois operadores do Hezbollah acabaram mortos. “Não temos nenhum interesse em entrar em uma guerra fronteiriça”, garantiu a tenente coronel. “Mas vemos crescente interesse em acesso do Irã, Hezbollah e Síria, para planejar ataques terroristas”, disse.
A inteligência israelense já desenha e se prepara para possíveis escaladas em um conflito, e alerta que pretende se defender. Acredita-se que se o Irã tiver interesse em atacar Israel, o Hezbollah vai obedecer. Na apresentação, Sarit Zehavi mostrou armas ilegais encontradas em residências em território sírio, e destacou que já ocorreram outros conflitos fronteiriços na região, incluindo ataques a comboios militares israelenses onde os agressores atearam fogo em um dos veículos.
Há risco de conflito, também, na fronteira com o Líbano, onde o exército também colabora diretamente com o grupo palestino. Na Síria militares e Hezbollah atuam em bases militares, enquanto no Líbano, estão em áreas civis.
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