Mundo

Ex-nazista condenado pormilhares de assassinatos

Correio Braziliense
postado em 24/07/2020 04:15
Bruno Dey, 93 anos, cobre o rosto para não ser fotografado: pena suspensa

 

A Justiça de Hamburgo, na Alemanha condenou a dois anos de prisão com pena suspensa um ex-nazista, de 93 anos, por cumplicidade em 5.232 assassinatos e tentativas de homicídios. Bruno Dey trabalhou guarda no campo de Stutthof, na Polônia, entre 1944 e 1945, quando tinha 17 anos. A defesa pediu a anulação do processo.

 

“Você se considera um observador, mas foi um apoiador desse inferno criado pelos homens”, afirmou a presidente do tribunal, Anne Meier-Göring, ao fim dos nove meses de julgamento que será, provavelmente, um dos últimos sobre os crimes cometidos pelo Terceiro Reich. “Fez mal. Foi uma terrível injustiça. Não deveria ter participado em Stutthof”, acrescentou.

 

Para a acusação, o réu apoiou a máquina de extermínio nazista. Na segunda-feira, Dey se desculpou e disse que, no banco dos réus, tomou consciência de “toda a magnitude da crueldade” dos atos cometidos em Stutthof.  O campo, o primeiro construído fora da Alemanha, em 1939, foi integrado progressivamente no sistema de extermínio de judeus. Dey tinha o dever de evitar revoltas e fugas.

 

No total, cerca de 65 mil pessoas, a maioria judeus dos Países Bálticos e da Polônia, morreram com um tiro na nuca, em câmara de gás com Zyklon B ou enforcados. Ou, ainda, em consequência do frio, da fome, das epidemias e dos trabalhos forçados. 

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