Mundo

Aos 104 anos, morre Olivia de Havilland

Correio Braziliense
postado em 27/07/2020 04:15
Em 2008, a atriz foi condecorada, na Casa Branca, pelo presidente Bush

A estrela de Hollywood e uma das protagonistas do clássico E o vento levou, Olivia de Havilland morreu, ontem, aos 104 anos. A morte aconteceu por causas naturais, em casa, em Paris, onde morava há 60 anos.

Dame Olivia Mary de Havilland nasceu em Tóquio, em 1º de julho de 1916. A mãe era uma atriz de teatro inglesa, que foi visitar o irmão na capital japonesa. Conheceu um amigo dele, filho de um reverendo britânico. Casaram-se e tiveram as filhas Olivia e Joan, ambas nascidas no Japão. Mas não foi um conto de fadas.

Olivia tinha a saúde frágil e a mãe convenceu o marido a voltar à Inglaterra. Pararam na Califórnia, onde o clima era bom para a filha, mas o filho do reverendo abandonou a família, preferindo retornar ao Japão, e à amante gueixa.

Qual era a possibilidade de duas irmãs que se detestavam — ao que consta por um incidente de infância, quando Olivia, a mais velha, rasgou o vestido de Joan — pudessem virar grandes estrelas de Hollywood? Ocorreu com elas – mais um recorde, as duas únicas irmãs a terem vencido o Oscar, e Olivia ganhou duas vezes. Ela manteve o nome da família, Joan adotou o do segundo marido da mãe e virou Joan Fontaine.

Joan ganhou o Oscar de melhor atriz de 1941 por Suspeita, o clássico de Alfred Hitchcock, derrotando Olivia, que concorreu com ela por A Porta de Ouro. Olivia venceu em 1947 e 50, por Só Resta Uma Lágrima e Tarde Demais, ambos dirigidos por Mitchell Leisen.

Sobre a rivalidade com a irmã, que se tornou lendária em Hollywwod, Joan teria dito: “Ela me odeia, porque sou a primeira em tudo. Casei-me primeiro, ganhei o Oscar primeiro, provavelmente vou morrer primeiro.” E morreu — em 2013, aos 96 anos. Olivia continuou. No ano passado, para mostrar que ainda estava em forma, passeou de bicicleta para comemorar os 103 anos.





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